LUTO

DESABAMENTO EM OLINDA: prefeitura decreta luto oficial após última vítima ter sido resgatada

A última vítima do desabamento foi encontrada na madrugada deste sábado (29) pela equipe do Corpo de Bombeiros

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 29/04/2023 às 12:23 | Atualizado em 29/04/2023 às 12:54
Alex Oliveira / JC Imagem
O desabamento parcial do Edifício Leme, na última quinta-feira (27), havia deixou seis pessoas mortas, com idades entre 13 e 60 anos - FOTO: Alex Oliveira / JC Imagem

Com o encerramento dos trabalhos de resgate das vítimas do desabamento parcial do Edifício Leme, no bairro de Jardim Atlântico, na madrugada deste sábado (29), a Prefeitura de Olinda decretou luto oficial de três dias no município.

"Deixo aqui a minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do Edifício Leme, em Jardim Atlântico. Olinda está de luto oficial por três dias", informou o prefeito Professor Lupércio, em suas redes sociais. 

 

A Defesa Civil de Olinda permanece na rua Acapulco para a retirada dos entulhos, que deve ocorrer durante todo este fim de semana. Por nota, a Prefeitura de Olinda também informou que vai iniciar o isolamento de parte do Edifício Leme, com tapumes.

"Em seguida haverá nova vistoria técnica complementar. O laudo final será enviado à Procuradoria Geral do município, com o objetivo de que aconteça maior celeridade ao processo de demolição por parte da Caixa Seguradora, responsável pela edificação", disse a prefeitura. 

O corpo da última vítima desaparecida do desabamento parcial do edifício de três andares, uma idosa de 60 anos de idade, foi localizado pela equipe do Corpo de Bombeiros por volta de 1h19 deste sábado. 

No total, a tragédia registrada na noite da última quinta-feira (27), deixou 11 desaparecidos. Todos eles já foram retirados dos escombros pelas equipes de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros.

Cinco vítimas foram resgatadas com vida, das quais três são do sexo feminino e duas do masculino. As outras seis pessoas morreram.  

As duas mulheres que foram encaminhada para a UPA da PE-15, em Olinda, receberam alta. Ambas têm 25 anos de idade. A terceira vítima, do sexo feminino, de 30 anos de idade, recebeu alta do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na noite dessa sexta-feira (28). Os dois homens permanecem internados no Hospital da Restauração, no Recife. 

Já das vítimas fatais, quatro eram do sexo feminino e duas eram do sexo masculino. Eles tinham entre 13 e 60 anos de idade. 

Ainda segundo informações repassadas pelos bombeiros, três cães também foram retirados dos escombros. Na manhã deste sábado, os moradores voltaram a acionar os bombeiros para resgatar mais três animais,  que estavam presos há mais de 30 horas,  em um apartamento localizado na parte do edifício que não desabou.

Um cão e um pássaro foram retirados, e a equipe ainda está tentando resgatar outro cachorro que está no local. 

 

Alex Oliveira / JC Imagem
Defesa Civil de Olinda está no local do desabamento parcial do Edifício Leme para fazer a retirada dos entulhos - Alex Oliveira / JC Imagem
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O desabamento parcial do Edifício Leme, na última quinta-feira (27), havia deixou seis pessoas mortas, com idades entre 13 e 60 anos - Alex Oliveira / JC Imagem
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Defesa Civil de Olinda está no local do desabamento parcial do Edifício Leme para fazer a retirada dos entulhos - Alex Oliveira / JC Imagem
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Defesa Civil de Olinda está no local do desabamento parcial do Edifício Leme para fazer a retirada dos entulhos - Alex Oliveira / JC Imagem


A TRAGÉDIA

Segundo relatos de moradores, por volta das 22h da quinta-feira (27), houve um grande barulho e, logo após, o Edifício Leme veio abaixo. Um incêndio também foi registrado no local.

Os bombeiros foram acionados às 22h08 para uma ocorrência de desabamento com vítimas. Foram deslocadas três viaturas de resgate, três de salvamento e uma incêndio, para que pudessem iniciar os primeiros socorros. 

De acordo com a  Prefeitura de Olinda, o Edifício Leme foi interditado em 2000, pela Defesa Civil, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

"Em seguida, os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do mesmo. A mesma seguradora também é responsável pela vigilância do prédio que deveria proibir a ocupação", afirmou.

"A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes", continuou, na nota.

"Hoje, no entanto, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel, após a ação da Prefeitura, porém a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. E isso mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento", disse a gestão municipal.

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