Com La Niña, onda de calor se concentra no Sul e fortes chuvas chegam ao Nordeste

O fenômeno acontece de maneira regular e traz fortes chuvas para o Norte e Nordeste e deixa o clima mais seco e quente no Centro-Sul

Publicado em 03/02/2025 às 23:32 | Atualizado em 04/02/2025 às 18:08
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O fenômeno La Niña é o principal responsável  pelo aumento na temperatura no Sul e o Centro-Oeste, que já registram temperaturas até 5°C acima da média esperada para fevereiro, de acordo com Climatempo.

Em contrapartida, o Nordeste e o Norte do Brasil registram fortes pancadas de chuvas há algumas semanas e deve continuar até meados de abril.

O que La Niña

Esse fenômeno acontece no oceano Pacífico e é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas. Ele ocorre em períodos de dois a sete anos e pode durar de nove a 12 meses.

No Brasil, esse fenômeno causa uma inversão no clima normal, trazendo chuva para regiões mais quentes e ondas de calor para regiões frias.

Diferença entre La Niña e El Niño

Esses dois fenômenos trazem impactos para o Brasil. Confira as diferenças entre eles:

Temperatura do Oceano Pacífico Equatorial

  • El Niño: Águas mais quentes que o normal.
  • La Niña: Águas mais frias que o normal.

Impacto no Clima Global

  • El Niño: Pode causar secas em algumas regiões e chuvas intensas em outras.
  • La Niña: Tende a aumentar chuvas em certas áreas e provocar secas em outras.

Efeitos no Brasil

  • El Niño:
    Nordeste: Mais seco e quente.
    Sul: Chuvas acima do normal.
  • La Niña:
    Nordeste: Maior volume de chuvas.
    Sul: Mais seco do que o normal.

Ocorrência

  • El Niño: A cada 2 a 7 anos.
  • La Niña: Pode ocorrer com frequência semelhante, geralmente após um El Niño.

Ambos são fenômenos naturais e fazem parte da variabilidade climática do planeta.

ALERTA DA APAC

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta laranja devido às chuvas com intensidade moderada a, pontualmente, forte na noite desta terça-feira (4) e ao longo da quarta-feira (5). As regiões atingidas pelo temporal são Zona da Mata, Região Metropolitana do Recife e o Agreste do Estado.

Segundo a Apac, estas chuvas são causadas pelo “posicionamento de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) em associação a um pulso da Zona de Convergência Intertropical (Zcit) está favorecendo a ocorrência de pancadas de chuva moderadas em grande parte do estado de Pernambuco”.

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