O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, enfatizou que a posição do governo para combater a pandemia da covid-19 "é uma só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas.
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Mais cedo, Bolsonaro afirmou que pediria ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia. A recomendação defendida pelo presidente é que o distanciamento seja adotado apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças).
Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que preside, Mourão declarou que o presidente pode não ter se expressado da melhor forma em pronunciamento na véspera, quando criticou o confinamento orientado por autoridades.
"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é o isolamento e o distanciamento social", disse Mourão. O vice ponderou que a orientação para isolamento está sendo discutida.
"Ontem, o presidente buscou colocar e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor. Mas o que ele buscou colocar é a preocupação que todos nós temos é com a segunda onda", afirmou o vice-presidente, explicando que a segunda onda são os impactos na economia.
Mourão defendeu que a mudança do isolamento horizontal, envolvendo todas as pessoas, para o vertical, defendida por Bolsonaro, seja gradual após um período de 14 dias. É preciso liberar as pessoas das atividades essenciais para a "vida vegetativa" do País, declarou o vice.
Apesar das divergências entre Bolsonaro e o próprio Ministério da Saúde, Mourão enfatizou que o presidente da República está dentro da política traçada pelo governo e orientada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A preocupação de Bolsonaro, afirmou, é com o "verdadeiro desmantelamento da economia".
Mandetta também comenta fala do presidente
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a pedir às pessoas para ficarem em casa, e disse que o foco do Ministério da Saúde "é a vida", fazendo referência à fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as questões econômicas da quarentena. Nessa terça-feira (24), Bolsonaro falou que as pessoas "precisam voltar à normalidade" e que é necessário a reabertura do comércio e retirar a proibição de transportes públicos nas ruas. Ainda em relação ao discurso do presidente, Mandetta afirmou que pensar nas questões econômicas também é importante, mas que deve ser um assunto tratado em comum acordo com todas as autoridades e a saúde dos brasileiros é de suma importância. "Nós da saúde não podemos ser insensíveis, vemos isso (a situação econômica) com clareza. O que nós queremos é que tudo seja feito de forma organizada", declarou.
O ministro ainda explicou que será estudada como a quarentena deverá acontecer nos próximos dias, seja ela de forma horizontal (para todas as pessoas) ou vertical (para determinados grupos). Segundo ele, a forma como foi implementado o isolamento foi 'desarrumada' e colocada em prática 'cedo'.
Casos confirmados de covid-19 no Brasil
O número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil subiu para 2.433, segundo mostrou boletim do Ministério da Saúde desta quarta-feira (25). Até o momento, 57 pessoas morreram vítimas da doença, que afetou mais de 400 mil pessoas no mundo. Em Pernambuco, são 46 casos confirmados e uma morte.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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