O Consórcio Nordeste, formado pelos nove chefes do executivo estadual da região, formalizou nesta segunda-feira (30), o seu Comitê Científico com objetivo de auxiliar os governadores a tomarem decisões em conjunto sobre as ações de enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus.
A primeira reunião do Comitê Científico do Consórcio Nordeste será realizada nesta terça-feira (31) e contará com profissionais da área de pesquisa, como o cientista Miguel Nicolelis, e o físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. “É uma guerra. Precisamos de apoio científico para vencê-la”, afirmou o governador Rui Costa (PT), presidente do Consórcio.
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A comissão fará reuniões periódicas com autoridades científicas brasileiras e de outros países, a exemplo da Itália, da Alemanha e da China, para discutir soluções na tentativa de frear a disseminação de casos da Covid-19. Além disso, o Comitê emitirá boletins com todos os números da região relativos à doença e divulgará orientações baseadas nas pesquisas realizadas pelo grupo.
O Comitê ainda está em formação, mas já conta 13 membros, incluindo um indicado por cada estado, e deve permanecer ativo até o final da pandemia.
Governadores mantém medidas restritivas
Os governadores do Nordeste divulgaram uma nova carta, nesta sexta-feira (28), após reunião por videoconferência, manifestando indignação com a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em contrariar recomendações de entidades reconhecidas na área da saúde em relação ao novo coronavírus (covidd-19), ao defender a flexibilização do isolamento social.
Os governadores também criticam a campanha lançada pelo governo federal intitulada "Brasil não pode parar", que incentivava a população a voltar a circular nas ruas. "(O governo federal) promove campanha de comunicação no sentido contrário, estimulando, inclusive, carreatas por todo o país contra a quarentena. Este tipo de iniciativa representa um verdadeiro atentado à vida", diz trecho da carta.
Eles garantiram que permanecerão agindo de acordo com a "ciência e pela experiência nacional", na tomada de decisões contra o coronavírus, através principalmente da Organização Mundial da Saúde
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