A última sexta-feira (17) foi de bastante debate e esclarecimento dos vereadores sobre o coronavírus no Recife, com a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Rita Suassuna, os secretários municipais de Saúde, Jailson Correia; de Planejamento e Gestão e coordenador do Comitê de Resposta ao Covid-19, Jorge Vieira, e de Governo e Participação Social, João Guilherme Ferraz. A reunião foi presidida pelo vereador Aerto Luna (PRP) e o presidente da Comissão Interpartidária de Acompanhamento do Comitê de Crise do Covid-19 na Câmara do Recife.
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Na ocasião, Jailson Correia prestou contas do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus da Prefeitura do Recife, e explicou a seriedade da pandemia na cidade e no mundo. "Eu dizia que vivíamos a mais grave crise da história da saúde pública da nossa era. Agora, estou convencido de que estamos falando da mais grave crise da nossa era. A profundidade dos impactos na vida das pessoas é sem precedentes".
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Jailson também informou que, além dos 59 leitos de UTI e 215 de enfermaria, a Prefeitura vai montar mais de mil leitos na cidade. "Sendo mais de 300 de UTI, em sete hospitais de campanha. Já temos quatro deles prontos. Três são vinculados a policlínicas e já estão funcionando. O quarto, o hospital provisório da rua da Aurora, já começa a operar e receber pessoas, e é o maior hospital já construído pela Prefeitura do Recife. Tem 160 leitos, dos quais 100 de UTI. Mais de um milhão de itens de equipamentos de proteção individual foram adquiridos".
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O secretário Jorge Vieira destacou o esforço que o município está fazendo para combater a pandemia "já que a capital não possui grandes receitas" e de manter as contas em dia. “A Prefeitura não atrasa salários, décimo terceiro e a ordem é não poupar para combater a pandemia. Depois que passar essa fase, vamos tentar nos reorganizar e aguardar o socorro do governo federal".
Quando abertas as perguntas, Luiz Eustáquio ressaltou a importância de aplicar os 40% de insalubridade aos profissionais de saúde e em resposta, o secretário João Guilherme afirmou que a aplicação depende de "acordos coletivos". "Temos que seguir as normas estabelecidas. É uma sugestão bem-vinda e o município vai seguir tudo o que foi acordado”.
Por sua vez, Ana Rita Suassuna mencionou que o momento está sendo difícil, principalmente para a Assistência Social "pois as demandas aumentaram". "Para esta pandemia precisaremos de pelo menos R$ 126 milhões e não recebemos recursos do Governo Federal. Vamos usar dinheiro do Tesouro Municipal”. Suassuna informou, ainda, que até o final deste mês de abril, a Prefeitura vai distribuir 112 mil cestas básicas para quem perdeu renda ou emprego, e 195 mil quentinhas para a população em situação de rua.
Na ocasião, a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, Michele Collins (PP), afirmou estar receosa com os locais de acolhimento das pessoas em situação de rua "pode se transformar numa área de foco de transmissão do covid-19". Com o questionamento, a secretária comunicou que "as pessoas que residem lá estão em isolamento social, como toda a população, durante a pandemia”.
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