O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, nomeou o delegado Carlos Henrique Oliveira como novo diretor-executivo da Polícia Federal (PF), cargo considerado o número dois da corporação, abaixo do diretor-geral. Oliveira ocupava o cargo de superintendente da PF no Rio de Janeiro.
A diretoria-executiva era ocupada pelo delegado Disney Rosseti, exonerado nesta quarta-feira (13) do cargo e cedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mendonça também mudou o diretor de Inteligência Policial da PF. Sai o delegado Cláudio Ferreira Gomes e entra o delegado Alexandre da Silveira Isbarrola.
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Todas as portarias com as mudanças foram publicadas nesta quarta (13) no Diário Oficial da União.
As mudanças na Polícia Federal, em especial na Superintendência do Rio de Janeiro, estão no centro das acusações do ex-ministro Sergio Moro de que haveria interesse em interferir politicamente nas investigações da corporação.
Ao deixar o governo, Moro afirmou que a exoneração do então diretor-geral da PF Maurício Valeixo pelo presidente Jair Bolsonaro configurava interferência na corporação. O presidente nega.
Após a saída de Valeixo, Bolsonaro nomeou o delegado Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para chefiar a PF, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a nomeação, com base nas acusações do ex-ministro Moro. Bolsonaro então, acabou nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza, que trabalhava na Abin com Ramagem, para o cargo de diretor-geral da PF.
Está previsto para esta quarta (13) o depoimento à PF de Carlos Henrique Oliveira para falar sobre as acusações de Sergio Moro.
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