O ex-ministro Sergio Moro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) têm 48 horas para se manifestarem sobre a possibilidade de retirada do sigilo do vídeo da reunião ministerial que contou com a participação do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ocorreu no dia 22 de abril. A determinação do prazo foi proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, na noite desta terça-feira (12).
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A gravação faz parte da investigação que analisa uma suposta tentativa de interferência do atual chefe do Executivo na Polícia Federal (PF). O intuito dessa interferência seria para tentar proteger familiares e aliados políticos. Veículos de comunicação divulgaram durante a tarde de hoje que pessoas que participaram da reunião confirmaram que Bolsonaro defendeu a troca no comando da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Por esse motivo, o dia foi de instabilidade no mercado financeiro e o dólar que registrava queda, fechou o dia em alta, custando R$ 5,86.
Em nota, Moro se disse favoravelmente à retirada do sigilo da gravação. "O acesso ao vídeo da reunião ministerial do dia 22/4 confirma o conteúdo do meu depoimento em relação à interferência na Polícia Federal, motivo pelo qual deixei o governo. Defendo, respeitosamente, a divulgação do vídeo, preferencialmente na íntegra, para que os fatos sejam brevemente confirmados", disse o ex-ministro.
Através de sua conta oficial no Twitter, Bolsonaro demonstrou não estar preocupado com a divulgação de trechos do encontro.
- Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 12, 2020
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