INVESTIGAÇÃO

Ao contrário do que afirmou Bolsonaro, ex-superintendente da PF do Rio diz que filho do presidente já foi investigado

O presidente da República disse que "a Polícia Federal nunca investigou ninguém da minha família"

JC
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Publicado em 13/05/2020 às 21:53 | Atualizado em 13/05/2020 às 22:19
Jane de Araújo/Agência Senado
Segundo o ex-superintendente da PF do Rio, o senador Flávio Bolsonaro era investigado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral - FOTO: Jane de Araújo/Agência Senado

com informações do jornal O Globo

O ex-superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro Carlos Henrique Oliveira disse, durante depoimento prestado nesta quarta-feira (13), que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), era investigado pela Superintendência da PF do Rio. A declaração contradiz o que o presidente afirmou anteriormente, ao dizer que "a Polícia Federal nunca investigou ninguém da minha família".

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Carlos Henrique Oliveira, promovido para o cargo de diretor-executivo da Polícia Federal em Brasília, prestou o depoimento no âmbito da investigação que apura se houve interferência do presidente da República na PF. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou que Bolsonaro tinha a intenção de demitir dois superintendentes da Polícia Federal do Rio, incluindo Carlos Henrique, para nomear alguém de confiança.

Flávio Bolsonaro era investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar os bens nas eleições de 2014, 2016 e 2018. "Perguntado se tem conhecimento de investigações sobre familiares do presidente nos anos de 2019 e 2020 na SR/PF/RJ disse que tem conhecimento de uma investigação no âmbito eleitoral cujo inquérito já foi relatado, não tendo havido indiciamento", diz um trecho do depoimento.

Ainda durante o depoimento, Carlos Henrique Oliveira afirmou que nunca houve cobrança por parte do presidente em relação às investigações em andamento e disse que nunca foi cobrado por produtividade ou por relatórios de inteligência.

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