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Bolsonaro manda jornalistas calarem a boca e diz que troca de superintendência da PF do Rio não teve interferência sua

Em seu encontro diário com apoiadores, Bolsonaro criticou notícia que teria pedido por troca de superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro para evitar investigações contra os filhos

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 05/05/2020 às 9:52 | Atualizado em 05/05/2020 às 10:03
ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) - FOTO: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se exaltou com a imprensa na manhã desta terça-feira (5). Rodeado de apoiadores, Bolsonaro criticou notícias de que teria interferido em decisão do novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre, nomeado nesta segunda-feira (5), e teria pedido para trocar o superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira. 

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"Imprensa canalha. O atual superintendente do Rio de Janeiro, que o Moro falou que eu queria trocar, por questões familiares. Não tem nenhum parente meu sendo investigado. Nem eu, nem meus filhos. Para onde está indo o superintendente do Rio de Janeiro? Para ser diretor executivo da Polícia Federal. Eu estou trocando ele? Estou querendo interferência? Isso é uma patifaria", bradou aos jornalistas. 

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Em seguida, ainda exaltado, mandou jornalistas calarem a boca e saiu. "Cala a boca! Eu não perguntei nada. Cala a boca!".

A matéria na qual o presidente se referia é da Folha de S.Paulo, que dizia que Rolando decidiu trocar a chefia da superintendência do Rio de Janeiro com foco no interesse da família de Jair Bolsonaro.

Carlos Henrique Oliveira, atual comandante do estado, foi convidado para ser o diretor-executivo, número dois na hierarquia do órgão.

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Sergio Moro já havia dito, em sua despedida, que Bolsonaro queria trocar o diretor-geral para interferir politicamente na polícia. O ex-ministro afirmou também que o presidente queria mudanças no Rio e em Pernambuco.

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