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Após Paulo Câmara, secretário de Saúde de Pernambuco e chefe de gabinete do governador também testam positivo para coronavírus

André Longo apresenta apenas sintomas leves e Milton Coelho está assintomático

Leonardo Spinelli Estadão Conteúdo
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Leonardo Spinelli
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/05/2020 às 18:12 | Atualizado em 21/05/2020 às 14:14
LEO MOTTA/JC IMAGEM E DIVULGAÇÃO
O secretário de Saúde do Estado, André Longo (à esquerda) e o chefe de Gabinete do Governador, Milton Coelho - FOTO: LEO MOTTA/JC IMAGEM E DIVULGAÇÃO

Atualizada às 18h58

Um dia após Paulo Câmara (PSB) anunciar que contraiu a covid-19, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, de 48; e o chefe de gabinete do governador, Milton Coelho, 55; também testaram positivo para coronavírus. A informação foi confirmada nesta terça-feira (19) pelo Palácio do Campo das Princesas.

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Segundo nota oficial do governo de Pernambuco, "os dois se submeteram ao exame na segunda-feira (18), depois que o resultado positivo do governador Paulo Câmara foi divulgado. André Longo apresenta apenas sintomas leves e Milton Coelho está assintomático. Ambos permanecerão em isolamento domiciliar e comandando suas pastas de maneira remota."

Bolsonaro ironizou resultado do exame de Paulo Câmara

Na manhã desta terça-feira (19), Bolsonaro disse que "governadores de esquerda estão liberando a cloroquina agora". A declaração irônica foi feita em resposta a uma apoiadora que comentou o diagnóstico positivo para covid-19 do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

A reportagem do Jornal do Commercio procurou o Palácio do Campos das Princesas, que, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o governador no momento não iria se posicionar sobre as declarações do presidente da República.

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O uso da cloroquina em pacientes com covid-19 foi uma das divergências que levaram à saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde.

Estado de Pernambuco comprou R$ 100 mil de cloroquina

Dentre os gastos milionários que o governo do Estado realizou até agora em ações de enfrentamento à covid-19, há uma parcela pequena, porém significativa, que foi reservada para compra de cloroquina, o polêmico medicamento que vem sendo desaconselhado por estudos científicos. Dos R$ 150,2 milhões liberados até maio no combate ao coronavírus para a área de saúde, R$ 100 mil foram gastos na compra do remédio em abril.

Segundo dados da Secretaria da Fazenda sobre os desembolsos do Fundo Estadual de Saúde (FES), não há novas previsões de compra da cloroquina até o final do ano.

Em entrevista à Rádio Jornal na segunda-feira (18), o secretário da Saúde de Pernambuco, André Longo, criticou as "fake news" em torno do medicamento e disse Pernambuco recebeu 180 mil comprimidos da substância, e mais de 140 mil foram distribuídos em 63 unidades de saúde. "O Ministério da Saúde que não entregou medicação suficiente para fazer em casos leves", disse. Ele criticou a postura do governo federal que quer mudar os procedimentos do uso da droga nos hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). "Daqui a pouco vai ter uma medida estabelecendo cloroquina pra todo mundo. Não se faz prescrição médica por decreto, nem por medida provisória. A prescrição é uma prerrogativa do médico".

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