Durante a reunião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com os ministros no último dia 22 de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que gostaria que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estivessem presos. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello autorizou a divulgação do conteúdo do que foi dito no encontro nesta sexta-feira (22). Ele é relator do inquérito que investiga uma suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal, denunciada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
"Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso presidente, eu ... eu ... realmente acho que toda essa discussão de "vamos fazer isso", "vamos fazer aquilo", ouvi muitos ministros que vi ... chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro", disse o ministro da Educação.
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Weintraub inicia a sua fala contando sobre a percepção que tinha de Brasília quando ainda atuava como secretário-executivo no Ministério da Casa Civil, comandado por Onyx Lorenzoni, quem o apresentou a Bolsonaro, há três anos. Segundo ele, a "luta pela liberdade" o fez embarcar no governo Bolsonaro. "Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar.
Povos indígenas
O ministro continua sua fala afirmando que "odeia o partido comunista", o PCdoB, pois a sigla "está querendo transformar a gente numa colônia". "Esse país não é ... odeio o termo "povos indígenas", odeio esse termo. Odeio. O "povo cigano". Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro, só tem um povo. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo, não pode ter ministro que acha que é melhor do que o povo. Do que o cidadão", afirmou Weintraub.
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