Polêmica

Políticos repercutem vídeo da reunião ministerial com Moro e Bolsonaro

Nas redes sociais já são várias as citações de deputados, senadores e governadores à gravação

Renata Monteiro
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Publicado em 22/05/2020 às 18:03 | Atualizado em 22/05/2020 às 21:10
EVARISTO SA / AFP
Muitos dos outdoors foram instalados no início de 2018, bem antes das eleições - FOTO: EVARISTO SA / AFP

Atualizada às 21h10

A divulgação do vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como prova de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria tentado interferir politicamente na Polícia Federal (PF) já começa a repercutir no meio político. Nas redes sociais já são várias as citações de deputados, senadores e governadores à gravação, que foi liberada na tarde desta sexta-feira (22) pelo ministro Celso de Mello, relator do processo que investiga o caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Após compartilhar trecho do vídeo da reunião na sua conta do Twitter, o senador pernambucano Humberto Costa (PT) foi sucinto e disse: "Bolsonaro acabou".

Aliada do presidente e uma das protagonistas do escândalo que culminou com o desembarque de Moro do governo, Carla Zambelli (PSB) divulgou o vídeo e afirmou que a gravação "mudará a República".


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ironizou a fala de juristas sobre a possibilidade de pedir impeachment de Bolsonaro por conta das falas da reuniões. "O caso é de impedimento por falta de bom senso. Não sei se existe no arsenal jurídico. Houve com Delfim Moreira, caso clínico. Aplica-se ainda que difícil de comprovar? Duvido", disse. 

 

"Não é uma reunião de trabalho de ministros, é a cúpula do Poder Executivo tramando um golpe contra a democracia", disparou o deputado federal Marcelo Freixo (Psol).

Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou que o vídeo divulgado pelo STF "revela um repertório inacreditável de crimes, quebras de decoro e infrações administrativas".

Adversário de Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais de 2018, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que a fala do presidente sobre a Polícia Federal demonstra que ele não estava se referindo à segurança da sua família. "Não há dúvida. PF não faz segurança de amigo", disse o petista. 

O deputado federal pernambucano João Campos (PSB) citou assuntos tratados na reunião e criticou o que classificou como desdém às pessoas contaminas e mortas pela covid-19. "A reunião ministerial mostra a desumanidade do governo", disse João. 

O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB), considerou o comportamento dos presentes na reunião como "um completo descaso com a Pandemia", disse o parlamentar. 

O deputado federal Bohn Gass (PT), criticou no Twitter uma das falas de Bolsonaro no vídeo, quando ele fala que suas "bandeiras são família, deus, Brasil e armamento". Para o parlamentar, o foco do presidente estaria sendo direcionado para prioridades contestáveis.

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