Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) pela Datafolha apontou que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro aumentou com relação ao último mês e é o maior índice desde o início do seu governo.
O levantamento realizado na segunda (25) e terça-feira (26), após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, ouviu por telefone 2.069 pessoas e aponta que 43% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Na pesquisa de 27 de abril, o índice era de 38%.
Segundo a pesquisa, 52% da população acha que Bolsonaro perdeu a capacidade de governar, enquanto 45% acredita que ele ainda possui.
Entre as pessoas que disseram ter assistido ao vídeo da reunião, apontada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova da tentativa de interferência de Bolsonaro na PF, a rejeição aumentou para 53%.
No entanto, a aprovação do governo segue estável, em 33%, mesma porcentagem de abril. O percentual de eleitores que acham o governo regular caiu de 26 para 22%, e indica migração de pessoas que estavam nesse campo para uma avaliação negativa, já que o percentual de ótimo/bom se manteve estável. Apenas 2% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
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Entre os que consideram o governo ruim ou péssimo, 48% são moradores do Nordeste, 56% têm ensino superior e 65% são estudantes.
Entre os mais ricos que ganham mais de 10 salários mínimos, a rejeição é de 49%, e aprovação, 42%. Nessa linha de riqueza, 8% das pessoas consideram o governo regular.
Com relação ao mês passado, o nível de confiança do governo também foi avaliado pelos pesquisadores. As pessoas que disseram nunca confiar nas declarações do presidente subiu de 38% para 44%. Confiar às vezes foi de 32% para 37%; e sempre confiar, 21%, mesmo percentual do mês passado.
Quanto ao comportamento do presidente, 37% da população defende que ele não se comporta da maneira adequada ao cargo, contra 28%. Dentro da margem de erro, quem acha que ele se comporta mal na maioria das vezes caiu de 25% para 23%. Quem acredita que ele respeita as regras e normas do cargo faz parte dos 13% da população, sendo 14% em abril.
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