O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou neste domingo (31) mensagens ironizando o chamado "gabinete do ódio" e acusou a imprensa de inventar histórias. Falas do presidente acontecem após operação feita pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte.
Em post no Facebook, Bolsonaro afirmou que "o maior dos FAKE NEWS é o 'gabinete do ódio' inventado pela imprensa. Até o momento a Folha, Globo, Estadão... não apontaram uma só Fake News produzida pelo tal "gabinete".
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Em continuação, disse também que "essa mesma mídia podre produz, diariamente, dezenas de Fake News contra o Presidente. O caso da 'interferência na PF' é um dos mais claros. A dita dita fita bomba foi mais um fiasco. O 'caso porteiro' também...".
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"Agora investem no julgamento do TSE sobre 'disparos em massa' de mensagens por ocasião da campanha.Falam em disparos mas não apontam uma só mensagens disparada contra quem quer que seja", ressaltou.
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Ainda na postagem, o presidente ainda sugere que a imprensa estaria em busca de verbas publicitárias oficiais para cessar as supostas críticas. "Será que, se eu chamar essa imprensa e negociar com ela alguns BILHÕES DE REAIS em propaganda, tudo isso se acaba?", finalizou.
Operação da PF
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (27) mandados de busca e apreensão em inquérito do STF sobre fake news. O empresário Luciano Hang (dono das lojas Havan), o ex-deputado federal Roberto Jefferson, deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o blogueiro Allan dos Santos são alguns dos alvos. Os quatro são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
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A operação é parte de investigações abertas pelo STF, que analisam ameaças e difamação contra os ministros da Corte e suas famílias. O inquérito foi aberto em março de 2019, pelo presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli.
Segundo a Folha de S. Paulo, o segundo filho do presidente Jair Bolsonaro foi identificado pela PF como um dos articuladores da suposta rede de fake news. O vereador nega a informação.
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