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Weintraub presta depoimento à Polícia Federal por suposto crime de racismo

Ministro é investigado por crime de racismo após alegar que a China estaria se beneficiando propositalmente da pandemia

Gabriela Carvalho
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Publicado em 04/06/2020 às 9:25 | Atualizado em 04/06/2020 às 9:42
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Além do inquérito que apura suposto crime de racismo em uma publicação contra a China, Weintraub é alvo do inquérito que apura ‘fake news’ - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, presta depoimento nesta quinta-feira (4) à Polícia Federal por suposto crime de racismo após fazer publicação aegando que a China estaria se beneficiando da pandemia do coronavírus. A Polícia Federal já comunicou ao ministro que o depoimento está marcado para as 15h.

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3) chegou a negar recurso do ministro da Educação, Abraham Weintraub, contra a decisão que determinou o depoimento dele à Polícia Federal por suposto crime de racismo.

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Entenda

A PF marcou o depoimento para ouvir o ministro no âmbito do inquérito que investiga suposto crime de racismo. No início de abril, Weintraub insinuou em uma rede social que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Depois, ele apagou o texto.

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Ele insinuou que a China sairá "fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus aliados no Brasil". "Quem são os aliados no Brasil do plano infalível do Cebolinha (personagem da Turma da Mônica) para dominar o mundo", publicou, mas logo em seguida deletou a postagem. Na publicação, Weintraub usa uma imagem dos personagens da Turma da Mônica na Muralha da China, substituindo a letra 'r' pela letra 'l', fazendo referência ao modo de falar de Cebolinha, para insinuar que estaria se referendo aos chineses.

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Na decisão, Celso de Mello afirmou que o ministro de Estado, quando se qualificar como indiciado ou réu, terá, como qualquer outra pessoa, o direito às garantias individuais, podendo até mesmo recusar-se a responder ao interrogatório.

 

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