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Veja ao vivo reunião ministerial em que Bolsonaro criticou OMS e pediu fim mais rápido da quarentena

Gabriela Carvalho Estadão Conteúdo
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Gabriela Carvalho
Estadão Conteúdo
Publicado em 09/06/2020 às 10:33 | Atualizado em 09/06/2020 às 11:20
EVARISTO SA/AFP
ATUAL Postura de Bolsonaro no enfrentamento da covid-19 elevou a pressão pela sua saída do governo - FOTO: EVARISTO SA/AFP

Após a polêmica reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada por ordem judicial, o presidente Jair Bolsonaro realiza novo encontro nesta terça-feira (8), no Palácio da Alvorada, para tentar melhorar a imagem e mostrar as ações do governo relacionadas ao novo coronavírus. Desta vez, no entanto, o encontro é televisionado, transmitido ao vivo pela TV Brasil.

 

No início da reunião, o presidente citou a resposta de uma integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da covid-19. Segundo ela, esses casos são raros.

Para Bolsonaro, que é abertamente contrário ao isolamento social, se o entendimento for comprovado, poderá sinalizar uma "abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas". O Brasil atualmente tem mais de 37 mil mortes e 700 mil casos da doença.

>> Transmissão do novo coronavírus por pessoas assintomáticas é rara, diz OMS

"Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos", declarou o presidente

"O governo federal espera algo de concreto nas próximas horas, nos próximos dias, o que será muito bom para o Brasil e o mundo. A OMS falará com certeza sobre as suas posições adotadas nos últimos meses, o que levou a muita gente segui-la de forma cega", disse.

Bolsonaro admitiu novamente que não há comprovação científica sobre o uso da hidroxicloroquina para o combate à covid-19, mas voltou a defender o uso do medicamento com base em relatos que disse ter ouvido de "pessoas infectadas e de médicos".

O presidente também afirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, vai esclarecer, em comissão da Câmara, tudo o que foi falado nos últimos dias sobre uma eventual recontagem dos dados atualizados do novo coronavírus no Brasil. "A gente torce, pede a Deus, que o mais breve possível tenhamos um ponto final nessa questão. Mais uma vez lamentamos profundamente pela vida de todos os que nos deixaram."

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