Com informações do Estadão
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve ser demitido nesta quinta-feira (18). A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) grave um vídeo ao lado dele para oficializar a saída. O secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim, também seguidor do guru bolsonarista Olavo de Carvalho, é o nome mais cotado para assumir a pasta.
>> Bolsonaro critica participação de Weintraub em manifestação
>> 'Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF', diz Weintraub em reunião
>> Por 9 a 1, STF decide manter Weintraub no inquérito das fake news
No vídeo, interlocutores de Weintraub esperam que Bolsonaro deixe registrado a importância do auxiliar, que deve ser indicado para um posto no Banco Mundial. A estratégia já foi usada para demitir a atriz Regina Duarte do cargo de secretária especial de Cultura, em 20 de maio.
- Weintraub prestigia e doa frutas para manifestantes em Brasília
- Weintraub é multado em R$ 2 mil por não usar máscara em protesto
- Bolsonaro critica participação de Weintraub em manifestação: 'não foi prudente'
- O clamor pela demissão de Weintraub já é consensual em todo o Palácio do Planalto
- Bolsonaro vê 'problema' e avalia demitir ministro Weintraub
- Por 9 a 1, STF decide manter Weintraub no inquérito das fake news
O argumento dos que defendem a demissão é de que o ministro é um gerador de crises desnecessárias em um momento em que o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, inquérito e ações que pode levar à cassação do mandato, tenta diminuir a tensão na Praça dos Três Poderes. A situação de Weintraub piorou após ele se reunir, no domingo (14), com manifestantes bolsonaristas. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal para não realizar atos na Esplanada dos Ministérios.
No encontro com os apoiadores do presidente, o ministro repetiu os ataques ao Supremo. "Eu já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos." A declaração remete ao que ele já havia declarado na reunião ministerial do dia 22 de abril, quando disse que colocaria na cadeia os ministros da Corte, a quem classificou como "vagabundos". Ele responde a um processo por causa dessa afirmação.
Comentários