operação juno moneta

Dois possíveis membros do MBL são presos por lavagem de dinheiro em São Paulo; veja repercussão política

Os presos foram Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, mais conhecido como Luciano Ayan

Alice Albuquerque
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Alice Albuquerque
Publicado em 10/07/2020 às 9:35 | Atualizado em 10/07/2020 às 10:12
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Preso na operação conjunta Juno Moneta, em São Paulo - FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Uma operação realizada pela Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Receita Federal prendeu dois homens na manhã desta sexta-feira (10). De acordo com a Polícia, os presos são integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e investigados por movimentações de mais de R$ 400 milhões de empresas. No entanto, o MBL nega que eles façam parte do movimento.

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Os presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, mais conhecido como Luciano Ayan, são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A operação Juno Moneta, que faz referência ao antigo templo romano, onde as moedas eram feitas, cumpre seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão em São Paulo e em Bragança Paulista, interior do Estado. Um dos mandados de busca é justamente na sede do MBL na Vila Mariana, Zona Sul da capital.

De acordo com o Estadão, o Ministério Público aponta que Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, "ameaça a pessoas que questionam as finanças do MBL", "disseminação de fake news", "criação e sociedade de ao menos quatro empresas de fachada" e "uso de contas de passagem, indícios de movimentação financeira incompatível perante do fisco federal".

A hashtag #DerreteMBL está nos assuntos mais comentados do Twitter em comemoração a prisão dos integrantes do MBL e, sobretudo, de Luciano Ayan. 

Veja repercussão

O deputado federal e líder do MBL, Kim Kataguiri (DEM), defendeu o movimento e publicou na rede social que os presos nunca foram membros do MBL. "Não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL".

No entanto, uma publicação que o próprio líder do MBL fez em 2018 chamando para uma aula pública, ele cita que a aula será com Luciano Ayan.

Em resposta a afirmação de Kataguiri, o deputado federal Darcísio Perondi (MDB-RS) disse acreditar no movimento.

O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) líder do governo na Câmara publicou no Twitter que Luciano Ayan é o "responsável pelo dossiê que foi entregue a Frota e outros integrantes da CPMI das fake news".

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) também usou a hashtag para se pronunciar sobre o acontecimento. "Segundo o MBL, o MBL nunca existiu!".

O deputado estadual de São Paulo e representante do Movimento Conservador, Douglas Garcia (PSL), publicou um possível vídeo da live do 5º Congresso Nacional do MBL, onde Alessandre Mônaco doa R$ 200 para o movimento e alfineta Kataguiri. "Vossa Excelência poderia confirmar a procedência deste vídeo e dos prints abaixo?".


O coordenador do MTST e candidato as Eleições presidenciais em 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos, indagou se não "eram eles que combatiam a corrupção?" com referência ao MBL.

 

A deputada federal governista Major Fabiana (PSL-RJ) ironizou a defesa de Kim Kataguiri ao MBL e disse "a busca feita na sede do MBL não é do MBL".

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