Eleições presidenciais

Mandetta diz que pode ser candidato a presidente em 2022 e critica polarização

Ex-ministro do governo Bolsonaro disse em programa que estará em praça pública participando 'ativamente' das eleições

Gabriela Carvalho
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Publicado em 23/07/2020 às 8:45 | Atualizado em 23/07/2020 às 8:56
MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
"As orientações e recomendações não receberam apoio deste governo federal, embora tenham sido embasadas por especialistas e autoridades em saúde", diz a carta de Mandetta - FOTO: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que pode se candidatar à presidência da República nas eleições de 2022. "Eu vou estar em praça pública lutando por algo em que eu acredito", afirmou ele em entrevista ao Programa Ponto a Ponto, do canal BandNews TV.

"Se o Democratas [o DEM, partido ao qual é filiado] acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou", seguiu Mandetta.

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Questionado se queria dizer que sua participação "ativa" seria como candidato a presidente, Mandetta respondeu: "A presidente, a vice-presidente".

O ex-ministro também lembrou que outros cargos estarão em disputa em 2022, como o de governador, vice-governador e senador. E descartou a possibilidade de se candidatar a deputado federal, que já cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados.

Em seguida, Mandetta passou a criticar a polarização política no Brasil. "Em 2022, polarização, com certeza, não. Se a gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático —não por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação [ao governo de Jair Bolsonaro]", afirmou.

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"Mas um centro bacana, que respeite as individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hetero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais", continuou. "E promover a revolução de uma década. Porque essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo."

Ministério da Saúde

Em abril, Mandetta foi demitido por Bolsonaro após destacar-se na gestão da pasta durante a pandemia. Eles passaram por um longo processo de embate antes da decisão do presidente.

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Na época, Bolsonaro já ignorava orientações sanitárias e criticava medidas de distanciamento tomadas por prefeituras e governos estaduais, ao contrário de Mandetta, que defendia o isolamento social.

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