Homenagem

Título de "Patrono do Brega" para Reginaldo Rossi recebe parecer favorável da CCLJ da Alepe

O cantor faleceu em 2013, no Recife, vitima de um câncer de pulmão

Douglas Hacknen
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Douglas Hacknen
Publicado em 24/08/2020 às 22:50 | Atualizado em 25/08/2020 às 18:52
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Falecido no dia 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos, vítima de um câncer de pulmão, o cantor pernambucano Reginaldo Rossi pode receber da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o título de "Patrono do Brega". A medida, de autoria do deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB), recebeu parecer favorável, nesta segunda-feira (24), na Comissão de Constituição, Legislativa e Justiça (CCLJ) da Casa.

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Dado pela deputada Teresa Leitão (PT), o parecer foi elogiado por colegas da parlamentar. Teresa ainda reiterou a importância de uma homenagem ao cantor, tão influente em Pernambuco durante sua carreira e relembrou que dançou ao som do rei do brega' quando jovem. “O título é muito bem concedido no sentido da identidade que Reginaldo tinha com o brega, que traz poesia e uma real leitura do cotidiano”, pontuou.

Durante a discussão, os deputados Aloísio Lessa (PSB) e Waldemar Borges (PSB) declararam apoio ao título concedido. Waldemar que é presidente da CCLJ, lembrou da participação de Rossi em Comícios pela Democracia, e que ele também prestou relevante serviço com suas mensagens anti-machista e anti-drogas. A homenagem foi aprovada pela comissão e segue para votação no Plenário virtual da Alepe.

Outras homenagens

Além de Rossi, na reunião desta segunda, o colegiado deu aval a uma série de homenagens a pessoas que se destacaram na história pernambucana. O nome do escritor Joao Cabral de Melo Neto foi acatado como Patrono da Poesia no Estado e o do pintor Cicero Dias, como Patrono da Estetica do Modernismo de Pernambuco. Naná Vasconcelos foi indicado para receber o título na categoria Percussão; Abelardo Germano da Hora como Patrono das Artes Plasticas; e Osman da Costa Lins poderá ser designado Patrono da Dramaturgia. No campo político, destaque para o ex-deputado federal Osvaldo Coelho, escolhido como Patrono dos Projetos de Irrigação no Estado.

Carreira 

Um dos maiores ídolos populares da história da música brasileira e, certamente, o maior da música pernambucana, Reginaldo Rodrigues dos Santos começou a carreira musical em 1963 formando com amigos o conjunto The Silver Jets, no qual permaneceu até 1965.

Boa parte dos fãs do cantor o conhecem a partir dos anos 1980, quando ele voltou a morar no Recife. O Nordeste era onde estava seu público. Depois de vários sucessos medianos, em 1987 ele estourou com Garçom, música que o marcou e é responsável pela sua unção como Rei do Brega. O termo “Rei” veio de um programa de bons índices de audiência que o cantor apresentou na TV Pernambuco.

A princípio, Rossi não gostava de ser tratado por “brega”, afinal a música que fazia diferia pouco da que cantava nos anos 1960/70, quando conseguiu o primeiro sucesso nacional com O pão. Boa parte das canções obrigatórias do seu repertório vem desta época, Maior que Deus (1967), Era domingo (1970), Tô doidão (1971, versão da francesa Les Daltons, de Joe Dassin), Mon amour, meu bem, ma femme, Deixa de banca (versão de Les Cornichons, de Nino Ferrer e Jean Booker). Achava que o que fazia deveria ser chamado de rock, iê-iê-iê, que considerava o movimento mais duradouro da música brasileira.

Na política, Reginaldo foi candidato a vereador do município de Jaboatão dos Guararapes em 2008 e obteve 717 votos, ficando como o 119º mais votado.

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