A única agenda pública da candidata a prefeita do Recife Marília Arraes (PT) nesta segunda-feira (21) foi a participação em uma live com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. Na ocasião, além dos dois petistas tratarem sobre o cenário político nacional e a atuação de Marília na Câmara dos Deputados, a candidata focou nas propostas da sua candidatura para o Recife, nas áreas da educação, saúde, mobilidade e segurança pública.
Sobre a área da educação, Marília apontou como um dos principais problemas o déficit de vagas nas creches municipais. "Temos cerca de 90 mil crianças entre 0 e 4 anos e somente 7 mil vagas de creche e sequer tem um organização para saber o déficit. A gente está fazendo um estudo de como a gente pode suprir esse passivo de vagas, que impacta diretamente na vida das famílias, e especialmente as mulheres e as crianças de uma maneira geral que crescem sem ter esse apoio para o desenvolvimento pedagógico", disse a petista.
Ex-ministro da Educação, Fernando Haddad ressaltou a necessidade de priorizar o combate a defasagem do ensino, prejudicado com o fechamento das escolas devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19), "através de um planejamento com os diretores e gestores". Caso seja eleita prefeita do Recife, ele aconselhou Marília a expandir a educação infantil e "garantir às famílias que não vai deixar nenhuma criança para trás".
Com relação à situação da saúde na capital pernambucana, a petista afirmou que nos últimos oito anos - gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) - a rede de atenção básica não foi ampliada, enquanto foi criada uma "rede de muleta" através das upinhas. "A gente precisa que equipes de Saúde da Família tenham toda a sua composição. O médicos de saúde da família atende cerca de 80% das questão que levam alguém ao médico", afirmou.
Ela disse ainda que pretende promover uma série de facilidades para o acesso à saúde, como um sistema de marcação de consultas. "A gente está propondo a criação de três centros de medicina diagnóstica para atender 3 regiões da cidade, Zona Norte, Sul, Oeste, para exames de média e alta complexidade", disse.
Quando a pauta foi mobilidade, Marília disse querer acabar com a lógica da voltada para os carros. "A gente precisa colocar o transporte público a serviço do usuário e fazer valer a força que o Recife tem no consórcio metropolitano. Recife não tem condição de fazer imposições, mas é a capital, tem poder de mobilização", pontuou a deputada.
Quando falavam sobre segurança pública, Marília citou sua ida a uma sabatina no Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Recife (Singuardas), feita também com outros pré-candidatos na época, e cuja pauta principal era o armamento da guarda. "Eu disse que não vejo problema em discutir o armamento da guarda, com treinamento necessário, qualificação, combate ao racismo institucional. Agora não pode se pesar que isso é solução para tudo, o que a gente precisa é trabalhar a cidade para que se auxilie a segurança. Não pode achar que a guarda é uma mini PM", afirmou Marília, que apontou outras ações de responsabilidade do município na área da segurança pública.
"A iluminação é importante, (é importante) a gente oferecer maneiras da cidade ser vivida pelas pessoas, que as pessoas se apossem dos espaços. Isso e outras questões, a própria educação, a inclusão social reflete na segurança. Vai muito além da polemica de se armar ou não a guarda", completou.
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