Sete dos onze candidatos a prefeito do Recife não excedem 1% das intenções de voto na disputa majoritária da capital pernambucana. É o que indica a segunda rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo, divulgada nesta quinta-feira (15). Os candidatos Claudia Ribeiro (PSTU), Coronel Feitosa (PSC) e Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) seguem sendo citados por 1% do eleitorado, enquanto Carlos (PSL) atinge agora 1% das menções (tinha 0% no levantamento anterior). Enquanto Charbel (Novo) e Thiago Santos (UP) novamente são mencionados, mas não atingem 1%, Victor Assis (PCO) não foi citado neste levantamento.
A pesquisa foi realizada entre 13 a 15 de outubro, com 1001 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Para Carlos, que atingiu agora 1% da intenção de voto, tudo ainda é "muito novo" e ele justifica o resultado da pesquisa com o fato de ainda não ser muito conhecido pelo eleitor.
"Tudo é muito embrionário. Pouca gente ainda me conhece porque o guia iniciou recentemente. Mas, só de constar na pesquisa, já é importante. Assim como também a tendência de crescimento. Antes, estava com 0% e agora já apareço com 1%. Outros estão estagnados ou caindo. Então, vamos em frente”, afirmou Carlos.
Segundo Cláudia Ribeiro, o 1%, apesar de pouco, tem um "significado". A candidata disse estar contente apesar do resultado não ser o esperado.
"Parece pouco, mas 1% para nós tem um significado. Não temos tempo em TV, temos poucos recursos e todo nosso trabalho é da militância e apoiadores, nada profissional, não tem compra de votos. Por isso que nós ficamos contentes, apesar de saber que poderíamos estar em melhores condições, com percentual superior se houvesse mais espaço", justificou.
Já o candidato do Novo, Charbel, disse que está trabalhando para se tornar mais conhecido entre o público eleitor.
"Nós do Novo somos a verdadeira renovação, e é isso que a gente está trabalhando para mostrar para o recifense como opção para votar no dia 15. Estamos trabalhando para tornarmos mais conhecidos pela população para mostrar que nós temos a proposta diferenciada para o Recife", comentou.
Marco Aurélio vê a pontuação nas pesquisas como "positivas". Em nota enviada pela sua assessoria de imprensa, o candidato afirmou ter orgulho de fazer campanha sem guia eleitoral e fundo partidário.
“Mais uma vez estamos pontuando na pesquisa e isso é positivo. Estamos fazendo uma campanha sem guia eleitoral, meu partido abriu mão do fundo partidário e tenho muito orgulho disso. Vamos continuar nossa campanha assim, batendo na porta das pessoas e falando das nossas propostas para endireitar o Recife", dizia a nota.
Em conversa com a reportagem do JC, Coronel Feitosa afirmou não acreditar nas pesquisas eleitorais e disse, ainda, que pesquisas nesse momento da eleição só "confundem a cabeça do eleitor".
"Agora é que estamos vendo a campanha começar, agora que as pessoas estão conhecendo as propostas. Se a gente fosse se basear em pesquisas nesse momento Bolsonaro não seria o presidente do Brasil", justificou.
Os candidatos Victor Assis e Thiago Santos não foram encontrados para comentar sobre a pesquisa.
Rejeição
Enquanto a intenção de voto desses candidatos não passa de 1%, a rejeição, para alguns, cresce. É o caso do Coronel Feitosa (PSC), que possuía 17% de rejeição e, agora, vê esse número subir para 28%. Ele empata tecnicamente com os candidatos João Campos (PSB) e Mendonça Filho (DEM) nesse quesito.
O candidato do Novo, Charbel, viu sua rejeição dobrar na segunda rodada da pesquisa Ibope, saltando de 11% para 22%.
Ainda entre os candidatos com menor intenção de voto, Carlos (PSL) também teve aumento de 11% para 21% de rejeição, assim como Victor Assis (PCO), também de 11% para 21%, e Thiago Santos (UP), de 10% para 21%.
Também existe os casos dos candidatos com as menores intenções de voto e com as menores rejeições. Exemplo disso são os candidatos Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), com 18%, Cláudia Ribeiro (PSTU), com 15%.
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