A segunda rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo do segundo turno, divulgada nesta quarta-feira (25), mostra que o modo do prefeito Geraldo Julio (PSB) conduzir o Recife continua desagradando mais da metade dos recifenses. O descontentamento aumentou de 56% no levantamento anterior, do dia 18 de novembro, para 62%. O índice dos que aprovam a administração municipal oscilou negativamente de 39% para 35%. Outros 1% não souberam ou não quiseram responder.
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A desaprovação à gestão do socialista, que está no fim do segundo mandato, é maior entre os homens (66%) do que entre as mulheres (58%). Os homens que aprovam são 31%, enquanto as mulheres somam 37%. As parcelas dos que não souberam avaliar ou não quiseram responder são 3% e 5%, respectivamente.
IDADE
No recorte por idade, o administração de Geraldo Julio tem maior aprovação entre os recifenses com 55 anos ou mais (41%). O maior descontentamento está entre os que estão na faixa de 25 a 34 anos (72%).
ESCOLARIDADE
Considerando a escolaridade, o levantamento registrou que o maior percentual de desaprovação está entre os entrevistados com ensino superior (65%), seguido dos que possuem ensino médio (62%). Os recifenses com ensino fundamental são os que mais aprovam a gestão (39%).
RAÇA/COR
No recorte de raça/cor, o descontentamento é maior entre os entrevistados que não se consideram brancos, pretos ou pardos (68%). A aprovação é maior entre os entrevistados que se consideram brancos, pretos ou pardos (35%).
RELIGIÃO
Na divisão por religião, a pesquisa ouviu recifenses que se disseram de outras religiões que não o catolicismo ou evangelho. Este grupo é o que mais desaprova a gestão Geraldo Julio com 66% e os que aprovam somam 30%.
Os evangélicos são os que mais aprovam a maneira que Geraldo administra a capital pernambucana. São 39% de aprovação contra 59% de desaprovação. Entre os católicos, 61% desaprovam e 34% aprovam.
RENDA FAMILIAR
Levando em conta a renda familiar, o descontentamento é maior entre os recifenses que ganham mais de um a dois salários mínimos (65%), seguido dos que ganham de dois até cinco salários mínimos (64%) e dos que ganham mais de cinco salários mínimos (63%).
A maior aprovação está entre os que ganham até um salário mínimo (37%).
CLASSIFICAÇÃO
O índice dos recifenses que consideram a gestão regular é de 37%. Os que classificam como ruim/péssima são 12% e 27, respectivamente. Outros avaliam como ótima (6%) e boa (16%). E 1% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
GOVERNO PAULO CÂMARA
A gestão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), voltou a ser avaliada nesta sétima rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo. O percentual dos entrevistados que consideram a administração estadual ruim/péssima passou de 40%, no levantamento do dia 18 de novembro, para 43%. A parcela que enxerga o governo como ótimo/bom oscilou de 18% para 17%. Os que consideram regular eram 39% e agora são 38%. Outros 2% não souberam ou não responderam.
Avaliação de cientistas políticos
Para a cientista política Priscila Lapa, o fato da rejeição de Geraldo Julio, que se mantém em crescimento, não afetar os números de João Campos, mostra que o fator desempenho pode ser maior do que os problemas da gestão do prefeito.
"No público de 25 a 34 anos, a desaprovação chega a 72%, extremamente alto num período próximo à eleição. Isso explica o fato de João e Marília estarem muito próximos nesse segmento e o fato de não trazer o apoio de Geraldo ser a melhor opção para o candidato do PSB. Nesse público, mesmo assim, João Campos tem 55% dos votos válidos e Marília tem 53% no público de 16 a 24 anos, que também desaprova Geraldo Julio com 66%. Realmente é uma coisa que fica em aberto, porque mesmo na maior taxa de rejeição de Geraldo Julio, João Campos consegue ainda ter esses 55%. É uma coisa curiosa, que pode mostrar o fator desempenho do candidato, acima da relação com Geraldo Julio", aponta.
O cientista político Elton Gomes também partilha da mesma opinião quando se trata da avaliação negativa de Geraldo Julio. Segundo ele, os números refletem muito mais para o prefeito do que para o candidato do partido. "É natural que um sujeito que está no poder há oito anos, que ele sofra de fadiga do material político. Mas ela [avaliação] incide muito mais sobre o seu representante do que sobre o seu sucessor indicado", explica.
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