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Bolsonaro tenta falar com presidente da China para obter insumos de vacinas contra covid-19

O presidente Jair Bolsonaro pediu uma chamada telefônica com Xi Jinping para fazer um apelo pela liberação de insumos

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Estadão Conteúdo, Douglas Hacknen

Publicado em 21/01/2021 às 0:00 | Atualizado em 21/01/2021 às 1:00
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Com informações da Folha de S.Paulo
Sem insumos para a produção de novas doses de vacinas contra a covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta falar diretamente com o presidente chinês Xi Jinping. Segundo a Folha de S.Paulo, o mandatário brasileiro pretende fazer um apelo pela liberação de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). 
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 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ainda não recebeu o estoque de IFA necessário para a produção nacional da vacina de Oxford, que estava previsto para chegar no último dia 9 de janeiro. No Instituto Butantan, o insumo já recebido seria suficiente para garantir a produção da vacina Coronavac ate o final de janeiro. O atraso na entrega pode atrasar, ainda mais, o cronograma de imunização brasileiro.

A tentativa da chamada entre Bolsonaro e Xi Jinping em meio a desgastes do governo brasileiro com o governo chinês. Os filhos do presidente Bolsonaro, e até o ministro Ernesto Araújo, têm posicionamentos e falas constantemente criticados pela embaixada da China em Brasília. O chanceler informou  que, no momento, não é possível estabelecer prazos para a chegada da matéria-prima do país asiático. 
"Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China", declarou o ministro. "Nem nós no Itamaraty aqui de Brasília, nem a nossa embaixada Pequim, nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política, diplomática. Não identificamos nenhum percalço nesse sentido", completou.

Ministro fala em relação tranquila com China e importação encaminhada da Índia

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou nesta quarta-feira (20), que divergências políticas com a China causaram o atraso na entrega de insumos para produção de vacinas contra a covid-19 no Instituto Butantan e na Fiocruz.
"Temos relação madura, construtiva, muito correta, tranquila com a China", disse Araújo. "Não é um assunto político. É assunto de demanda por um produto", completou ele.
O chanceler ainda afirmou que a importação da Índia de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford está "bem encaminhada".
Ele não apontou, porém, data para concretizar nenhuma das importações. O ministro participa de uma reunião fechada com deputados nesta quarta-feira.


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