Alepe aprova bolsas de estudo para mulheres vítimas de violência ou em situação de vulnerabilidade

Antes de se tornar lei, o projeto aprovado pelos deputados ainda precisa passar pela sanção do governador Paulo Câmara (PSB)

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Marcelo Aprígio

Publicado em 12/02/2021 às 7:34 | Atualizado em 12/02/2021 às 7:43
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Mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica ou vítimas de violência doméstica e familiar podem ter mais chances de chegar ao Ensino Superior. Isso porque, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou um projeto de lei, nessa quinta-feira (11), que prevê a inclusão delas como candidatas às bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos em Pernambuco (Proupe).

No Brasil, em quatro mulheres que sofrem violência doméstica, uma não denuncia o agressor porque depende financeiramente dele, vivendo em moradias custeadas por eles. Transpor a barreira da dependência psicológica e financeira é uma das maiores dificuldades para elas.

Por isso, a autora do projeto, a deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB) argumenta que a dependência dessas mulheres pode acabar com o acesso à educação. "A medida ampliará o leque de políticas públicas voltadas às vítimas dessa violência, que sofrem, além da dor física, pela dependência psicológica e financeira em relação ao agressor, dando a elas a oportunidade de obterem um diploma de nível superior."

Antes de se tornar lei, o projeto aprovado pelos deputados pernambucanos ainda precisa passar pela sanção do governador Paulo Câmara (PSB). Se o chefe do Poder Executivo vetar a proposta, os parlamentares ainda poderão derrubar o veto governamental e por em vigor a Lei.

O que é Proupe

Atualmente, o Proupe promove a interiorização do Ensino Superior como política de desenvolvimento regional. Para isso, concede bolsas de estudo para alunos de autarquias municipais de Ensino Superior sem fins lucrativos no Estado.

O programa tem como objetivo elevar o patamar da educação superior nas diversas regiões do Estado e contribuir com a formação de professores para incentivar a inserção no mercado de trabalho dos jovens pernambucanos que residem no interior, possibilitando com isso o incremento de renda e melhoria de suas condições de vida. 

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