DEFESA

Bolsonaro não busca "atalho à Constituição", garante FBC, líder do governo no Senado

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho rebateu questionamentos sobre a manutenção do regime democrático, após mudanças nos ministérios e a saída dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica

Mirella Araújo
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Publicado em 30/03/2021 às 18:35
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"Não podemos aceitar as dúvidas que estão sendo suscitadas de que o presidente da República esteja a tramar qualquer tipo de atalho ao texto constitucional", afirmou FBC - FOTO: DIVULGAÇÃO
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O líder do governo federal no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após a oficialização da troca de seis ministros e com o anúncio da saída dos três comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. “É prerrogativa do presidente da República substituir ministros de Estado, seja da Defesa ou da Justiça", cravou Coelho, em seu pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (30). 

A fala do parlamentar veio para rebater os questionamentos sobre a manutenção do regime democrático. “O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado o seu compromisso com a manutenção do regime democrático. Fez isso recentemente, quando convocou as instituições para uma mobilização nacional de enfrentamento da pandemia”, declarou.

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O presidente da República tem a legitimidade, obtida pelo voto popular, de fazer os ajustes na sua equipe de governo para melhor empregar as ações exigidas pela população. O presidente tem, portanto, a prerrogativa de substituir ministros de Estado, seja da Defesa ou da Justiça. pic.twitter.com/rqrRiUAz1Q

— Fernando Bezerra (@fbezerracoelho) March 30, 2021

 

“Não podemos aceitar as dúvidas que estão sendo suscitadas de que o presidente da República esteja a tramar qualquer tipo de atalho ao texto constitucional. Portanto, quero repelir veementemente as considerações feitas por alguns companheiros no plenário do Senado”, complementou Fernando Bezerra Coelho. 

O senador pernambucano também destacou a sua trajetória política e o compromisso do MDB, partido ao qual é filiado, com o regime democrático. “Cada um de nós tem uma trajetória. Tenho a minha. Participei da Constituinte de 1988. Sou líder do governo no Senado Federal e filiado ao partido que restaurou as franquias democráticas, o MDB. Temos compromisso com a manutenção do regime democrático.”, afirmou. 

Por outro lado, no que diz respeito ao descontentamento dos três comandantes com a destituição do general Fernando Azevedo e Silva, substituído pelo novo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, deixando em evidência o atrito entre a Forças Armadas e o governo federal, diante da condução do combate a covid-19, tem levantado duras críticas da oposição. 

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o presidente desejaria transformar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica em "milícias". Em seu perfil no Twitter, o petista afirmou que "As Forças Armadas têm um papel definido pela Constituição". "Política não pode entrar em quartel. Essa interferência inconstitucional e atentatória ao Estado de Direito se configura em mais um grave crime de responsabilidade", disparou Costa.

 

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