O líder do governo federal no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após a oficialização da troca de seis ministros e com o anúncio da saída dos três comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. “É prerrogativa do presidente da República substituir ministros de Estado, seja da Defesa ou da Justiça", cravou Coelho, em seu pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (30).
A fala do parlamentar veio para rebater os questionamentos sobre a manutenção do regime democrático. “O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado o seu compromisso com a manutenção do regime democrático. Fez isso recentemente, quando convocou as instituições para uma mobilização nacional de enfrentamento da pandemia”, declarou.
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O presidente da República tem a legitimidade, obtida pelo voto popular, de fazer os ajustes na sua equipe de governo para melhor empregar as ações exigidas pela população. O presidente tem, portanto, a prerrogativa de substituir ministros de Estado, seja da Defesa ou da Justiça. pic.twitter.com/rqrRiUAz1Q
— Fernando Bezerra (@fbezerracoelho) March 30, 2021
“Não podemos aceitar as dúvidas que estão sendo suscitadas de que o presidente da República esteja a tramar qualquer tipo de atalho ao texto constitucional. Portanto, quero repelir veementemente as considerações feitas por alguns companheiros no plenário do Senado”, complementou Fernando Bezerra Coelho.
O senador pernambucano também destacou a sua trajetória política e o compromisso do MDB, partido ao qual é filiado, com o regime democrático. “Cada um de nós tem uma trajetória. Tenho a minha. Participei da Constituinte de 1988. Sou líder do governo no Senado Federal e filiado ao partido que restaurou as franquias democráticas, o MDB. Temos compromisso com a manutenção do regime democrático.”, afirmou.
Por outro lado, no que diz respeito ao descontentamento dos três comandantes com a destituição do general Fernando Azevedo e Silva, substituído pelo novo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, deixando em evidência o atrito entre a Forças Armadas e o governo federal, diante da condução do combate a covid-19, tem levantado duras críticas da oposição.
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o presidente desejaria transformar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica em "milícias". Em seu perfil no Twitter, o petista afirmou que "As Forças Armadas têm um papel definido pela Constituição". "Política não pode entrar em quartel. Essa interferência inconstitucional e atentatória ao Estado de Direito se configura em mais um grave crime de responsabilidade", disparou Costa.
As Forças Armadas têm um papel definido pela Constituição. Política não pode entrar em quartel. Essa interferência inconstitucional e atentatória ao Estado de Direito se configura em mais um grave crime de responsabilidade.
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 30, 2021
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