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Flávio Bolsonaro reclama que CPI da Covid pode causar aglomerações

Crítico do isolamento social como medida de prevenção à covid-19, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou nesta terça-feira (27), dia de instalação da CPI da Covid, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), erra ao permitir trabalhos presenciais na Casa

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Amanda Azevedo, Estadão Conteúdo

Publicado em 27/04/2021 às 13:58 | Atualizado em 27/04/2021 às 18:37
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Crítico do isolamento social como medida de prevenção à covid-19, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou nesta terça-feira (27), dia de instalação da CPI da Covid, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), erra ao permitir trabalhos presenciais na Casa e será responsável por eventuais mortes de parlamentares e servidores.

"O presidente Rodrigo Pacheco está errando, está sendo irresponsável, porque está assumindo a possibilidade de, durante os trabalhos desta CPI, acontecer morte de senadores, morte de assessores, morte de funcionários. Nem todos estão vacinados", disse Flávio.

Pacheco foi contra a instalação da comissão, mas determinou a criação do colegiado após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores, Pacheco foi pressionado pelo Palácio do Planalto para adiar o funcionamento da CPI, mas mesmo assim deu aval para a investigação neste momento. Para atender a governistas, o presidente do Senado aceitou ampliar o escopo para apurar também o repasse de verbas a Estados e municípios.

Mesmo assim, Flávio Bolsonaro reclamou de ingratidão de Pacheco. "Eu tenho um CPF e o presidente da República tem outro. Da minha parte, entendo, sim, que houve uma ingratidão, uma falta de consideração por parte do presidente (Pacheco). Pelo menos nos buscar para que pudéssemos dar nosso ponto de vista sobre conveniência e oportunidade de se instalar uma CPI como essa", disse, em entrevista a jornalistas no Senado.

Flávio também saiu em defesa das vacinas

Flávio Bolsonaro também saiu em defesa das vacinas contra a covid-19 para questionar o início dos trabalhos. O ritmo lento na imunização e as negativas da gestão Bolsonaro para acordos de compra dos insumos ainda no ano passado são uma das principais frentes de investigação contra o governo. O próprio presidente fez campanha e desincentivou o uso de vacinas.

"Lamento que a CPI já comece dessa forma. Tenho grandes dúvidas. Quantas vacinas essa CPI vai conseguir aplicar no braço dos brasileiros? Qual a ajuda que essa CPI vai dar neste momento mais difícil que passamos no Brasil com relação à pandemia? Nenhuma", disse, antes de prosseguir: "Vai ser um palanque político. Lamento que senadores vão usar caixões de 400 mil mortes para fazer política barata contra o governo federal".

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