CENÁRIO POLÍTICO

João Campos espera vacinar todos do Recife com mais de 18 anos até setembro e pretende fazer "maior Carnaval da história da cidade"

Em entrevista à CNN, o prefeito João Campos (PSB) falou sobre vacinação, política e Carnaval, além de criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 10/07/2021 às 21:48 | Atualizado em 10/07/2021 às 21:56
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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), disse em entrevista à CNN neste sábado (10) que, se for mantida a entrega prevista dos imunizantes, o Recife vai vacinar, com a primeira dose, todos os maiores de 18 anos até setembro.  Ele também criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que cogitou não haver eleição em 2022, caso não seja implementado o voto impresso. "Quem escolhe a democracia não é o presidente (da República), mas o povo e a Constituição Federal. Foi uma fala absurda. E vai de encontro ao que temos de mais valioso, a democracia, que custou a vida de muita gente. Meu bisavô, Miguel Arraes, que governou Pernambuco, passou 14 anos sem puder pisar no seu País, porque não tinha o direito de liberdade", afirmou o socialista. O bisavô dele foi governador de Pernambuco por três mandatos.

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João Campos classificou de "inadmissível" a frase do presidente, argumentando que Bolsonaro já disputou mais de oito eleições e nenhuma delas foi pelo mecanismo que ele deseja. O presidente defende o voto impresso por desconfiar das urnas eletrônicas, mas nunca apresentou provas de que ocorreram fraudes na eleição de 2018. 

Ao ser questionado sobre o papel do PSB na eleição do próximo ano, João Campos disse, que até agora, defende um projeto em que o PSB possa ter protagonismo "e construir uma via alternativa a polarização que está aí ou que estão querendo impor". Ele contou também que espera que o "País vista a camisa da responsabilidade democrática e construa uma alternativa capaz de derrotar Jair Bolsonaro, porque a gente não sabe até quando o Brasil aguenta um governo que não respeita o seu povo e nem a democracia". E acrescentou: "Quem é do campo democrático deve ter uma unidade contra o projeto de reeleição de Bolsonaro".

Ainda na entrevista, o prefeito revelou que a discussão em torno dos nomes deve ficar para o próximo ano e que mais importante do que os nomes é discutir uma agenda de País que tenha um projeto estruturador e enfrente as desigualdades regionais que são muitas no Brasil. E criticou: "Estamos há um ano e meio na pandemia e o governo federal não tem uma política estruturada de educação remota". 

CARNAVAL 

 O prefeito disse ainda que pretende fazer o maior Carnaval da história da cidade, mas são as autoridades sanitárias que vão dar o aval para que a festa aconteça. O carnaval do Recife e Olinda é uma grande festa, que traz impacto até na economia do Estado. "Já vamos ter vacinado todo mundo com certeza, mas o Carnaval não vai ocorrer por um desejo do prefeito ou da cidade", comentou, argumentando que a sua intenção é deixar tudo "modelado e pronto" como se fosse ter Carnaval para o próximo ano. 

"Se as autoridades sanitárias entenderem que não é possível fazer (o Carnaval), antes de qualquer coisa, vamos defender a vida e a saúde", contou o prefeito. A aglomeração é um meio de contágio do coronavírus e estar aglomerado é uma das características do carnaval pernambucano.  

 

 

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