VACINAÇÃO

Queiroga se reúne com governadores e promete 100 milhões de doses de vacinas contra covid-19 até agosto

Um dos pontos importantes da reunião foi a discussão para a antecipação da segunda dose dos imunizantes, o que foi criticado pelo ministro da Saúde

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Estadão Conteúdo

Publicado em 13/07/2021 às 18:30 | Atualizado em 13/07/2021 às 19:28
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou os estados e municípios que pleiteiam a antecipação da segunda da dose da vacina da Astrazeneca e da Pfizer. De acordo com o gestor, essas deliberações feitas pelos secretários "rompem" com o pacto firmado no Plano Nacional de Imunização (PNI) - o mesmo vale para as localidades que anunciaram a imunização de adolescente. O gestor participou, nesta terça-feira (13), de uma reunião virtual com o Fórum Nacional dos Governadores e prometeu a entrega de 100 milhões de doses de vacinas até agosto. "Se fala em reduzir o prazo de aplicação, mas os pesquisadores de Oxford falam que se alargar o período de aplicação entre a primeira e a segunda, poderia ter um cenário mais favorável. Vamos deixar os técnicos decidirem, eles são as pessoas mais indicadas para tomarem as decisões técnicas", declarou. 
De acordo com o anúncio, em julho, o Brasil receberá cerca de 41 milhões de doses e, em agosto, a previsão é de 60 milhões. Segundo Queiroga, os imunizantes serão distribuídas de forma igualitária aos Estados. "Até setembro, iremos vacinar toda população + de 18 anos", garantiu o ministro. No Twitter, o ministro da Saúde reforçou que trabalho conjunto e políticas públicas alinhadas são fundamentais para colocarmos fim à pandemia no País. "Com apoio de todos, iremos potencializar ainda mais o andamento da vacinação no Brasil. É o que precisamos agora: prosseguir com a vacinação e retorno seguro às atividades para não retrocedermos", declarou o ministro.
Os governadores também compartilharam registros da reunião e as solicitações feitas ao gestor da Saúde. Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), foi pedido que o Ministério da Saúde passe a divulgar, semanalmente e de forma objetiva, quantas doses cada Estado deve receber. A medida, segundo ela, visa à maior transparência sobre os imunizantes para que não haja descontinuidade do calendário de vacinação nos Estados e municípios.
"É a necessidade de acelerar a entrega dessas vacinas, portanto, o cumprimento deste calendário para que nós possamos, se Deus quiser, chegar à cobertura vacinal em setembro vacinando as pessoas a partir de 18 anos de idade", declarou a chefe do Executivo estadual.
Sobre as demandas estaduais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que pediu a revisão dos critérios de quantitativo de doses enviadas aos Estados. Segundo ele, apesar de o Pará ser um dos Estados que mais vacina, a taxa de imunização da população paraense ainda é baixa. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se juntou ao coro e denunciou que as vacinas não estão sendo distribuídas de forma proporcional.
Sem dar mais detalhes, Costa publicou que a população baiana tem recebido menos doses em comparação aos Estados. "Já passou da hora do Ministério da Saúde corrigir esta distorção e distribuir as vacinas de forma proporcional a cada Estado e cidade", declarou o governador. Em contrapartida, os governadores afirmaram que devem entregar até a próxima quinta-feira (15), uma proposta formal sobre a antecipação das vacinas ao Programa Nacional de Imunização contra covid-19.
 

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