coronavírus
Queiroga: A pedido de Bolsonaro, pasta estuda possibilidade de desobrigar máscara
Segundo o ministro, Bolsonaro é grande defensor das liberdades individuais e comparou o uso da medida de proteção contra a covid-19 a mutar e silenciar as pessoas
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (25) que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Pasta analisa a possibilidade de desobrigar o uso de máscaras. Segundo o ministro, Bolsonaro é grande defensor das liberdades individuais e comparou o uso da medida de proteção contra a covid-19 a mutar e silenciar as pessoas.
"A recomendação do Ministério da Saúde têm sido de conscientizar as pessoas e não ficar mutando (silenciando) as pessoas. Não queremos criar imposições para as pessoas. Queremos cada um dos brasileiros aliados ao Ministério da Saúde para que consigamos vencer a pandemia. Não adianta só ficar mutando uma pessoa específica, as condutas têm de ser insonômicas", disse Queiroga durante evento promovido pela XP Investimentos.
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Apesar das críticas ao uso do equipamento, Queiroga destacou que o avanço da variante Delta é motivo de incerteza sobre a desobrigação do uso de máscaras. Segundo o ministro, a área técnica do Ministério da Saúde estuda primeiro a desobrigação do equipamento em áreas ao ar livre e depois em ambientes fechados.
"Presidente me pediu que eu estudasse o assunto, a área técnica do ministério está fazendo estes estudos. Naturalmente que a desnecessidade do uso de máscaras depende do cenário epidemiológico, o número de pessoas vacinadas", afirmou o ministro.
Queiroga ressaltou, no entanto, que outros países tentaram flexibilizar o uso de máscaras tiveram que voltar atrás com a medida devido ao avanço da variante delta da covid-19. "Vamos trabalhar não só para dar as respostas que o presidente da República solicita do Ministério da Saúde, mas sobretudo para tomar condutas que sejam seguras, que possam fazer com que essa pandemia tenha fim", concluiu.
Para o ministro, o papel da pasta é de passar uma "palavra de serenidade à sociedade" e não ficar fazendo previsões catastróficas sobre o sistema de saúde. "O Ministério da Saúde não pode ser um problema", pontuou o ministro.