Disputa na Frente Popular pode empurrar Paulo Câmara para o Senado
Nome do governador na disputa pelo Senado é visto como uma solução para evitar o racha da Frente Popular
Se antes havia uma tes de que, para contemplar os aliados da Frente Popular, formada por mais de 10 partidos, a vaga para o Senado Federal poderia não ser encabeçada pelo PSB, que já contaria com o candidato ao Governo do Estado, agora surge um consenso entre os nomes ventilados para a Casa Alta em um novo desenho da chapa majoritária. Os pré-candidatos a senador já afirmaram que podem abrir mão do pleito para que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), seja o candidato ao Senado.
Essa leitura tem sido vista como uma forma de conciliar os partidos que não abriram mão da vaga em detrimento de outra legenda. O consenso partiu dos deputados federais e presidentes estaduais, Eduardo da Fonte (PP), Silvio Costa Filho (Republicanos) e André de Paula (PSD), em conversas paralelas.
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“Esse seria o único jeito de unir a Frente Popular. E se ele tem disposição para disputar a Câmara dos Deputados, também teria para o Senado. Dentro da composição majoritária esse seria o melhor desenho, mas é importante ressaltar que esse é um movimento que vem dos partidos para ele”, afirmou um socialista, em reserva.
Para o deputado federal Tadeu Alencar, o PSB reconhece a importância de zelar pelos parceiros que estão há 16 anos em seu palanque e que também compõem a administração estadual. “Achar que o PSB pode decidir isso sozinho, não seria diplomático. Agora, ninguém pode também questionar que o governador, tendo sido eleito duas vezes no primeiro turno, inclusive realizando grandes investimentos, concluindo o seu tempo de governo, não tenha legitimidade para disputar o Senado”, declarou o parlamentar.
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“Ele tem toda legitimidade e tem o que mostrar. O povo vai saber fazer essa avaliação. Internamente ele tem musculatura para querer disputar o Senado. Acho que é um debate que passará por consideração do PSB com a Frente Popular, mas ninguém vai dizer que o governador Paulo Câmara não teria o direito de postular o Senado, devido ao papel que ele cumpriu em Pernambuco”, complementou Tadeu Alencar, ressaltando que não há definições dentro do partido a respeito das eleições de 2022.
O governador Paulo Câmara tem até abril do ano que vem para se desincompatibilizar do cargo, caso decida concorrer ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Ao jornal O Globo, Paulo Câmara afirmou que vai trabalhar para concluir com responsabilidade o seu mandato até o dia 31 de dezembro do ano que vem.