Após inclusão na lista de procurados da Interpol, prisão de Zé Trovão depende da polícia mexicana
Para validar a ordem de prisão do caminhoneiro bolsonarista é necessário ter a autorização de um juiz mexicano
Considerado foragido da Justiça, um dos principais líderes das manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol, nesta quinta-feira (9). Agora, a prisão do brasileiro que está no México dependerá da ação da polícia local e das autoridades do país. As informações são do jornal O Globo.
A inclusão do nome de Zé Trovão na lista da Interpol, pela Polícia Federal, se deu após ordem judicial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entretanto, a polícia mexicana precisa da autorização de um juiz para validar a ordem de prisão.
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Já com relação a extradição, quem devem autorizar é o governo mexicano mediante a solicitação das autoridades brasileiras - a abertura desse processo tem várias fases burocráticas, portanto, o envio do caminhoneiro ao Brasil, para cumprir o mandato de prisão preventiva determinado pelo STF, não seria de imediato.
Há também a possibilidade de solicitar ao departamento de imigração do Méximo para que o bolsonarista seja deportado. Desta forma, a prisão poderia ocorrer em solo brasileiro. Ainda segundo O Globo, as imagens dos vídeos de Zé Trovão teriam sido fundamentais para que a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal, pudessem determinar a localização do seu paradeiro.
Em um vídeo gravado ontem, o manifestante afirmou que gostaria de se entregar, mas seus apoiadores não querem deixar. "Estou aqui na correria, tendo que fugir de novo. Eu queria me entregar, mas ninguém quer deixar. Então, nos ajude. Vamos parar tudo. Empresários, fechem suas empresas. Vamos para as ruas. Vamos salvar o nosso Brasil", disse Zé Trovão na gravação para os mais de 24 mil seguidores que possui no Telegram.