Entrevista

Aliança entre Anderson e Raquel não será 'ducha fria' na pré-candidatura de Miguel Coelho a governador, diz Mendonça Filho

Miguel Coelho pretende disputar o Governo de Pernambuco e vai se filiar ao DEM, de Mendonça Filho

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Cássio Oliveira, Renata Monteiro

Publicado em 24/09/2021 às 13:00 | Atualizado em 24/09/2021 às 15:59
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A aliança anunciada entre a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL),visando as eleições de 2022 em Pernambuco, não muda, por ora, os planos do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, de disputar o Governo de Pernambuco no próximo ano. A declaração é do presidente estadual do DEM, o ex-ministro Mendonça Filho.

"É um movimento legítimo. Tenho defendido que cada um dos que se colocam como pré-candidatos ao Governo do Estado possam colocar seus nomes, são nomes qualificados, Anderson e Raquel, e ao mesmo tempo defendi a legitimidade do nome de Miguel. Então, acho que estamos na fase da apresentação de nomes, de cada um se colocar diante do contexto", disse Mendonça em entrevista à Rádio Jornal Petrolina, nesta sexta-feira (24). 

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Por meio de nota, PSDB, PL, PSC e Cidadania divulgaram que marcharão ao lado do mesmo candidato a governador no próximo pleito. O DEM de Mendonça Filho, que não participou da nota, quer Miguel Coelho como candidato e irá filiar o prefeito em evento neste sábado (25).

"Amanhã teremos uma ação política muito forte com as presenças de ACM Neto, presidente do Democratas, Antônio de Rueda, vice-presidente do PSL. Então, teremos uma presença robusta. Vamos dar tempo ao tempo para que possamos construir um bom caminho com relação ao futuro de Pernambuco. Miguel é nosso pré-candidato, respeitando os demais nomes, e vamos trabalhar pela unidade, a hora certa vai chegar e teremos se deus quiser essa unidade tão desejada para derrotar o PSB e o PT em Pernambuco", disse Mendonça sobre a filiação de Miguel.

O grupo que divulgou a nota também falou da importância de se enfrentar os desafios do Estado e diz que vai iniciar uma série de tratativas para decidir quem irá representar o coletivo nas urnas. "A partir de hoje, vamos iniciar um ciclo de debates e construir um projeto que apresente soluções e que volte a unir os pernambucanos. Seguiremos juntos para fortalecer ainda mais esse movimento, que é aberto a todos, construindo essa nova agenda a favor de Pernambuco".

Segundo o deputado federal Daniel Coelho, que comanda o Cidadania em Pernambuco, o fato das legendas terem decidido se unir no próximo ano não quer dizer que elas romperam com o Democratas, partido que até então estava com elas no mesmo bloco oposicionista. "O DEM já deixou claro que tem candidato. Temos todos respeito por isso. É legítimo. Como é legítimo que esses quatro partidos afirmem que juntos escolherão um candidato", explicou o parlamentar.

Apoio

Neste novo grupo, dois nomes são colocados como possíveis postulantes ao Executivo estadual: Anderson e Raquel. Em agosto deste ano, o Cidadania decidiu, durante evento em Caruaru, que apoiaria a candidatura de Raquel Lyra, caso a gestora decida disputar as próximas eleições. Agora, o coletivo diz que a definição da cabeça da chapa se dará ao longo dos próximos meses, muito embora comente-se, nos bastidores, que na realidade o desejo de Anderson Ferreira é concorrer ao Senado.

Segundo Mendonça Filho, ainda há espaço para que Miguel conquiste o apoio de Raquel e Anderson para sua candidatura. E, caso não consiga, poderá apoiar um dos dois. "Temos seis meses até abril, quando tem a conclusão da fase de definição partidária para disputar a eleição de 2022 e nesse processo vamos fortalecendo o nome que vai se consagrar como melhor nome. É Evidente que, se parte do princípio de merecer apoio dos outros, deve ter disposição de apoiá-los. Se não, fica via de mão única e não é o proposito de Miguel. Ele se coloca para liderar, tem qualidades, mas sabe que precisamos aglutinar forças para ter viabilidade eleitoral", afirmou. 

Fusão

Com a fusão entre o DEM e o PSL na reta final para ser oficializada, tem gerados dúvidas e expectativas sobre como ficará o comando dos partidos em Pernambuco. De acordo com Mendonça Filho, a governança será compartilhada entre ele e os deputados federais Luciano Bivar e Fernando Filho. "Assim como todos que compõem o partido. É provável que ele (Bivar) deva indicar o nome para presidir o partido no Estado, e eu devo presidir Recife. De uma forma articulada nós vamos levar adiante os projetos para o DEM/PSL"

A respeito da direção nacional, Mendonça explica que haverá o mesmo compartilhamento de comando por meio de ACM Neto, que deixa a presidência do DEM para assumir como secretário nacional do PSL, nesta fusão. 

 


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