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Vídeo: Flávio imita gargalhada de Bolsonaro como reação ao relatório final da CPI da Covid

O documento pede indiciamento do presidente e de seus três filhos políticos, Flávio, Carlos e Eduardo

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Amanda Azevedo, Agência Senado

Publicado em 20/10/2021 às 20:55 | Atualizado em 20/10/2021 às 21:08
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O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou nesta quarta-feira (20) que o pai dele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), daria uma gargalhada em reação ao relatório final da CPI da Covid. O texto pede o indiciamento de duas empresas e 66 pessoas, incluindo o chefe do Planalto e de seus três filhos políticos.

"Olha, eu acho que ele receberia [acusações] da seguinte forma: você conhece aquela gargalhada dele? [Gargalha] Porque não tem o que fazer de diferente disso. É uma piada de muito mau gosto", disse.

Durante transmissão ao vivo nas suas redes sociais, o senador disse que o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), cometeu uma "alucinação" ao apresentar um parecer com "tanta coisa sem nexo jurídico" e usar os trabalhos da comissão como tentativa de vingança e antecipar o debate eleitoral de 2022.

"No relatório ele revela sua face vingativa. Isso aqui é uma vingança. E na parte que cabe a mim ele está querendo que eu seja indiciado por incitação ao crime por causa de algumas postagens nas minhas redes sociais", afirmou.

Flávio detalhou cada publicação alvo do pedido de indiciamento. Entre elas uma que ele revela ter feito tratamento com o chamado "kit covid-19".

O filho do presidente ainda classificou o relatório final da CPI como o "maior atestado de idoneidade do governo Jair Bolsonaro". Ele criticou o fato do parecer responsabilizar o presidente pelo cometimento de nove crimes. Quando na verdade, alegou o senador, seu pai foi responsável por garantir ações de enfrentamento à covid-19, como a distribuição de mais de 300 milhões de doses de vacina e o repasse do Auxílio Emergencial. Ele ainda disse que, mesmo com as "ilegalidades" cometidas durante os trabalhos da CPI, nenhuma irregularidade ou cometimento de corrupção foram comprovados no atual governo.

Bolsonaro, que foi acusado formalmente de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), todos são alvos de pedido de indiciamento por incitação ao crime.

"Essa comissão colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa. Comprovaram-se a existência de um gabinete paralelo, a intenção de imunizar a população por meio da contaminação natural, a priorização de um tratamento precoce sem amparo científico, o desestímulo ao uso de medidas não farmacológicas. Paralelamente, houve deliberado atraso na aquisição de imunizantes, em evidente descaso com a vida das pessoas", disse Renan.


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