PSB quer apoio do PT em 6 estados para aceitar filiação de Alckmin
Dirigentes do PSB, entre eles o governador Paulo Câmara, foram convocados pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, para tratar do tema
O PSB definiu as condições para aceitar filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), cotado para ser vice do ex-presidente Lula (PT) na disputa presidencial de 2022. Para receber o tucano, os socialistas querem apoio do PT em seis estados estratégicos. O Partido Socialista Brasileiro compor a vice na chapa majoritária a ser liderada Lula, é algo que tem sido ventilado desde que os dois partidos iniciaram o movimento de reaproximação, com indicação inicial do nome do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para ocupar o posto.
Agora, com o avançar das tratativas e os cenários da corrida nacional tornando-se mais claros, os socialistas condicionam a vaga de vice em contrapartida ao apoio do PT nos estados de Pernambuco, Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e São Paulo. Essa lista, inclusive, foi colocada a mesa no encontro entre os socialistas e Lula, em outubro.
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Em meio às previsões sobre o futuro político de Alckmin, já que o ex-gestor também está em conversas com o PSD, tem ecoado que o tucano seria o vice ideal do líder petista, por transitar bem no campo da direita e centro-direita. Essa composição tem ganhado um peso tão significativo, que na noite dessa última quarta-feira (18), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convocou dirigentes para discutir essa questão.
Segundo informações da Folha de São Paulo, teriam participado do encontro o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, o ex-deputado e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
O maior entrave está no estado de São Paulo. Isso porque o ex-prefeito Fernando Hadadd é o pré-candidato do PT para o governo, enquanto Márcio França é defendido pelo PSB. Neste caso, a candidatura de Alckmin como vice de Lula poderia deixar o caminho aberto para França consolidar sua postulação e até mesmo ter Hadadd como vice em sua chapa.
Há cinco dias, Carlos Siqueira cravou, durante entrevista ao UOL, que o Partido dos Trabalhadores precisa decidir o que quer. Se for a Presidência da República, os socialistas podem apoiar, desde que tenham espaços de poder conquistados também.