VIOLÊNCIA

Equipes de TVs são agredidas em visita de Bolsonaro à Bahia

Segurança segurou repórter pelo pescoço com o antebraço, em uma espécie de "mata-leão", de acordo com uma das emissoras envolvidas

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Do jornal Correio para a Rede Nordeste, Emannuel Bento

Publicado em 12/12/2021 às 18:15 | Atualizado em 12/12/2021 às 18:21
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Equipes da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, e da TV Bahia, afiliada da Rede Globo, foram agredidas neste domingo (12) enquanto participavam da cobertura da visita do presidente Jair Bolsonaro ao município de Itamaraju, no Sul do estado, por conta das fortes chuvas que deixaram mais de 5 mil desabrigados na região.

De acordo com a TV Bahia ao "Correio", a repórter Camila Marinho e o cinegrafista Cleriston Santana foram impedidos de se aproximaram de Bolsonaro no estádio municipal Juarez Barbosa, onde o presidente desembarcou de helicóptero.

Ainda segundo a emissora, um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho pelo pescoço com o antebraço, em uma espécie de "mata-leão". Outro integrante da equipe do presidente tentou impedir que os jornalistas das duas emissoras erguessem os microfones em direção a Bolsonaro, que havia subido em uma caminhonete.

Ameaça de segurança

O segurança ameaçou agredir Camila e Cleriston e também Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, caso os microfones esbarrassem nele novamente. "Se bater de novo vou enfiar a mão na tua cara. Não bata em mim, não bata em mim", disse.

Um apoiador do presidente também atacou os microfones das equipes e rasgou a espuma que cobria o da TV Bahia. A repórter Camila Marinho teve a pochete roubada na confusão. Um jornalista conseguiu recuperar os pertences minutos depois. Apenas após a confusão, a assessoria de imprensa da Presidência chamou os repórteres dos dois veículos para dentro do local onde estava Bolsonaro.

Governador condena ataques

O governador Rui Costa condenou os ataques às equipes de televisão. "A liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia e qualquer ataque ao jornalismo merece repúdio. O momento é de trabalho e solidariedade no Extremo Sul. Repudio violência contra a imprensa e oportunismo num momento de dor diante de uma tragédia. Vamos trabalhar."

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