Luciano Hang é atacado por bolsonaristas após tweet com elogio a Sergio Moro
Hang é aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Moro é um dos principais desafetos do chefe do Executivo federal
O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, recebeu uma avalanche de críticas nas redes sociais após publicar, nesta quinta-feira (16), um elogio ao ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos). Hang é aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Moro é um dos principais desafetos do chefe do Executivo federal.
"A Lava Jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas, durante o governo do PT. Parabéns Moro por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula, durante uma entrevista, nesta quarta-feira", publicou o empresário, no Twitter, junto com um vídeo em que o ex-ministro da Justiça rebate declarações feitas pelo ex-presidente petista.
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Lula, Moro e Bolsonaro devem disputar a eleição presidencial de 2022. Antigos aliados, o ex-juiz e o militar da reserva se desentenderam quando Moro deixou o governo. Na ocasião, ele chegou a afirmar que Bolsonaro teria tentado intervir na Polícia Federal.
O posicionamento de Hang, contudo, não agradou uma parte significativa dos seus seguidores, que também são apoiadores do presidente da República. "Não se pode exaltar uma pessoa que fez o que ele fez com o Governo Federal, em especial o Presidente da República, Jair Bolsonaro. Traindo de forma imperdoável o povo brasileiro! Bola fora sua!", declarou um usuário do Twitter.
"Decepção. Pensei que fosse mais esperto. Parabenizar o Sr. Lixografia, na atual situação, mostra muito de ti. Dele já sabemos que é um traidor, financiado pelo Soros e a favor de uma agenda que tem até aprovação de aborto no meio. Perdeu oportunidade de ficar calado", observou uma outra seguidora do empresário.
Em resposta, uma outra usuária da rede social afirmou: "Pessoal não julguem antecipadamente o Luciano, o problema da direita é esse, cancela sem saber os motivos".
Hang é tão próximo do presidente que chegou a ser apontado pela CPI da Covid como um dos membros do "gabinete paralelo", que deu conselhos ao Planalto em meio à pandemia sem considerar orientações do Ministério da saúde. Na última quarta (15), Bolsonaro disse que demitiu funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após a interdição da obra de uma unidade da Havan.