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Bolsonaro evita comentar conflito e diz que vai auxiliar brasileiros na Ucrânia

As postagens do presidente no Twitter reproduzem uma das notas divulgada mais cedo pelo Itamaraty sobre o tema, que trata sobre medidas previstas para brasileiros no país ocupado

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Estadão Conteúdo

Publicado em 24/02/2022 às 17:21 | Atualizado em 24/02/2022 às 17:48
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Em sua primeira manifestação pública sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente Jair Bolsonaro evitou citar o conflito e, no Twitter, disse que está "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia". As postagens do presidente reproduzem uma das notas divulgada mais cedo pelo Itamaraty sobre o tema, que trata sobre medidas previstas para brasileiros no país ocupado.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou nota em que pede a "suspensão imediata das hostilidades", mas esse texto não foi citado pelo presidente em suas redes sociais. Bolsonaro, assim como o Itamaraty, não condena a invasão e nem cita o presidente russo, Vladimir Putin. Por outro lado, pela manhã desta quinta-feira, 24, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o Brasil não está neutro e não concorda com a invasão da Rússia na Ucrânia.

"Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente", escreveu Bolsonaro.

O presidente repetiu a solicitação do governo de que cidadãos brasileiros mantenham contato diário com a embaixada brasileira na Ucrânia e que, caso necessitem de auxílio para deixar o País, sigam a orientação do serviço consular brasileiro. O Itamaraty disponibilizou um telefone de plantão para emergências para brasileiros na Ucrânia (+55 61 98260-0610).

Mourão

Mourão afirmou que o Brasil não está neutro e não concorda com a invasão da Rússia na Ucrânia. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. "O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano", disse Mourão nesta quinta-feira (24).

"Se realmente essa invasão prosseguir da forma como está ocorrendo, vai haver um êxodo em massa dos ucranianos, uma nação de 40 milhões de habitantes, na direção da Europa Ocidental e vai ser um problemão aí", acrescentou.

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