Temos alinhamento 'quase perfeito' com o Congresso, afirma Bolsonaro a prefeitos
''Em poucas coisas divergimos, isso é normal'', disse Bolsonaro
Com informações do Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira que tem um alinhamento "quase perfeito" com a Câmara e o Senado. "Não dá para ser 100%", destacou o chefe do Executivo em discurso na Marcha dos Prefeitos.
"Em poucas coisas divergimos, isso é normal na política", acrescentou.
Também nesta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Bolsonaro é subordinado e rasteja diante do Congresso. Para o petista, o chefe do Executivo não tem força alguma no trato com o Legislativo.
"Nunca antes na história do País teve um presidente tão rastejante diante do Congresso Nacional", disse. "Ele (Bolsonaro) não tem força nenhuma. Nem o Orçamento, que é uma coisa do presidente executar, ele não executa, quem executa é o presidente da Câmara, é o presidente do Senado", disse o petista.
O governo Bolsonaro tem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como um aliado de primeira hora no Congresso, mas enfrenta resistência para aprovar pautas no Senado, Casa dirigida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Prefeitos
O discurso de Bolsonaro foi marcado por uma série de acenos aos prefeitos presentes. O presidente lembrou que a União deverá pagar a segunda parcela dos recursos obtidos com cessão onerosa, feito em 2019.
"Eu me considero prefeito também e faremos um bom uso disso tudo", destacou o chefe do Executivo, que também defendeu as recentes mudanças na lei da improbidade administrativas - criticadas pelo Judiciário e defendidas pelo mundo político. "Trabalhamos para dar mais tranquilidade aos senhores".
Bolsonaro ainda voltou a fazer críticas indiretas ao Supremo Tribunal Federal (STF), em meio à crise iniciada com o perdão concedido ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e ampliada após as críticas de Luís Roberto Barroso, magistrado da Corte, às Forças Armadas.
O chefe do Executivo chamou a liberdade de expressão de "algo inegociável", destacou que "certos poderes" não podem inferir no "destino final" do País.