Entrevista

Lula culpa Eduardo Cunha por crise no Governo Dilma: ''ele criava bombas todos os dias''

Lula concedeu entrevista à Rádio Jornal e disse ter muito orgulho da aliada Dilma Rousseff

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Cássio Oliveira

Publicado em 29/04/2022 às 11:26
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responsabilizou Eduardo Cunha (MDB) -  ex-presidente da Câmara -  pela crise financeira e desemprego no Governo de Dilma Rousseff.

Lula concedeu entrevista à Rádio Jornal e falou sobre o governo da aliada Dilma. Ele disse que as coisas seguiam bem, até que Eduardo Cunha começou a aprovar "bombas" na Câmara que teriam prejudicado o mandato da petista.

"Até dezembro de 2014 o desemprego era 4,5%, era padrão Suécia, Dinamarca, Alemanha, era pleno emprego. Até 2014, era salário acima da inflação, as coisas deram errado quando Eduardo Cunha assumiu a presidência da Câmara e decidiu criar bombas todos os dias contra a Dilma. Criava embaraço para a arrecadação", disse Lula, na manhã desta sexta-feira (29).

Confira a entrevista de Lula na Rádio Jornal

Ele afirmou, ainda, que "jogar a culpa da quebradeira do Brasil na Dilma é tentar apaziguar o golpe de 2016". 

Eduardo Cunha

Em julho de 2015, um ano antes do impeachment, Eduardo Cunha rompeu com Dilma Rousseff. O emedebista acusou o Palácio Planalto de ter se articulado com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação Lava Jato.

Naquele ano, Lula se encontrou com Cunha para pedir ajuda para o governo, de acordo com a Agência Senado. A preocupação principal de Lula na época era conseguir impedir o avanço das pautas-bomba e dos processos de impeachment da petista.

Quando anunciou seu rompimento político com o governo Dilma Rousseff, Cunha disse que, a partir daquele momento, passaria a integrar as fileiras de oposição à gestão petista. "Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", enfatizou Cunha na época.

Na entrevista de hoje, Lula disse que Dilma estará em sua campanha à Presidência neste ano e que não teme rejeição por ter ela no seu palanque. "Se você conhece algum político que tem vergonha dos seus companheiros, eu não tenho. Eu tenho orgulho da Dilma", concluiu.

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