''Bolsonaro é o pai da vacina'' contra covid, diz governador aliado do presidente
Cláudio Castro disse que apoia Bolsonaro, mas não vai criticar Lula na eleição
Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) disse que não quer nacionalizar a disputa pela reeleição.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Castro afirmou, ao jornal O Globo, que não vai criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Bolsonaro, porque está "preocupado com o estado".
"Sou apoiador do Bolsonaro, nunca neguei o alinhamento a ele, mas sempre tem gente querendo criar confusão nisso. Não vou criticar o Lula porque estou preocupado com o estado. Enxergo com pragmatismo. Os dois mandatos dele tiveram coisas boas e ruins. Meu papel é falar do Rio e não quero nacionalizar a eleição estadual", disse Cláudio Castro.
Pandemia
Questionado sobre a postura do presidente Bolsonaro em meio à pandemia da covid-19, que deve ser alvo de adversários na campanha, Castro disse não ser "comentarista" das falas de Bolsonaro.
O presidente chamou a doença de "gripezinha" e incentivou o uso da cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz contra a covid. Contudo, o governador chamou Bolsonaro de "pai da vacina", dizendo que ele foi o responsável por comprar os imunizantes.
"Quem comprou as vacinas? Quem distribuiu? Bolsonaro é o pai da vacina." A gestão federal atrasou a compra de vacinas e, por consequência, a aplicação de doses na população.
Castro ainda falou sobre um suposto acordo que prevê que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) indique seu vice. De acordo com o governador, o filho mais velho do presidente nunca pediu ou exigiu nada e é "um dos sujeitos mais republicanos que conheço".