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'Ele tem razão', diz Bruno Araújo após ser acusado por Aécio Neves de atuar como 'advogado' de Rodrigo Garcia

Segundo o presidente tucano, porém, ele defende não apenas do governador de São Paulo, mas os interesses do partido em todos os estados nos quais esteja disputando

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Renata Monteiro

Publicado em 16/05/2022 às 17:06 | Atualizado em 16/05/2022 às 17:08
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Em resposta ao deputado federal Aécio Neves (PSDB), que declarou à Folha de S. Paulo que Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, estaria atuando mais como "advogado" do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que deve tentar reeleger-se, do que como líder do partido, o pernambucano afirmou que o correligionário está correto no que disse. Araújo argumentou, contudo, que defende os interesses não apenas de Garcia, mas de todos os pré-candidatos tucanos a governador.

"Ele (Aécio) tem razão. Eu sou advogado de Rodrigo Garcia em São Paulo, mas faltou uma vírgula. Eu sou advogado dele em São Paulo, advogado de Raquel Lyra em Pernambuco, de Pedro Cunha Lima, pré-candidato a governador da Paraíba, advogado de Eduardo Riedel, pré-candidato no Mato Grosso do Sul, advogado do candidato de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul e advogado do senador Alessandro Vieira (pré-candidato em Sergipe). Sou presidente do partido e advogado dos interesses do partido nos estados em que esteja disputando", disparou Bruno Araújo, em coletiva de imprensa no Recife, na tarde desta segunda-feira (16).

Na ocasião, o cacique partidário ainda fez questão de ressaltar o que considera qualidades do correligionário de São Paulo. "Obviamente, não é nenhum demérito ser advogado de um dos políticos mais preparados do Brasil, com formação pública, respeitado, governador do PSDB do Estado mais importante abaixo da linha do Equador, mas da mesma forma eu sou advogado de Raquel Lyra em Pernambuco", frisou o tucano.

Aécio tem feito críticas duras à condução que Araújo tem dado à construção da candidatura do PSDB à presidência da República. Entre outras coisas, o parlamentar tem acusado o pernambucano de tirar o protagonismo da legenda e trabalhar para que João Doria, vencedor das prévias do partido, não dispute o Palácio do Planalto.

"O Doria sempre foi o bode que precisava ser retirado da sala para viabilizar a candidatura de Rodrigo Garcia. Por isso que as prévias foram feitas completamente fora do tempo, sem que houvesse outra candidatura", disse Aécio à Folha, segundo reportagem publicada no último sábado (14).

O deputado mineiro, cada vez mais próximo de alas bolsonaristas no Congresso, defende que o PSDB lance um nome próprio à presidência, mesmo que essa postulação não tenha chances de vitória.

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