"Deixou uma marca na luta contra a repressão", diz Paulo Câmara ao lamentar morte do padre Reginaldo Veloso
Câmara salienta o trabalho do ex-pároco na Paróquia do Morro da Conceição, no Recife, comandada por ele durante 12 anos
O governador Paulo Câmara (PSB) divulgou na manhã desta sexta-feira (20) uma nota de pesar à morte do padre Reginaldo Veloso, vítima nessa quinta-feira (19) de complicações de um câncer na bexiga. "Nos despedimos hoje do padre Reginaldo Veloso, um humanista que dedicou sua vida às causas sociais e ao trabalho pelos mais necessitados", afirmou o político.
Câmara salienta o trabalho do ex-pároco na paróquia do Morro da Conceição, no Recife, comandada por ele durante 12 anos, entre 1978 e 1989, onde desenvolveu um trabalho comunitário voltado para construção de uma Igreja democrática, participativa e de empoderamento do povo em busca dos seus direitos.
"Nas décadas de 70 e 80, à frente da emblemática paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Recife, este alagoano de alma e cidadania pernambucana, adepto da Teologia da Libertação, deixou uma marca na luta contra a repressão e em favor de uma igreja democrática e do empoderamento popular, construindo uma bonita trajetória, recentemente retratada nas telas."
Por fim, o gestor externa um "profundo pesar por sua partida e me solidarizar com seus familiares, amigos e seguidores neste momento de dor e tristeza", e deseja que Reginaldo "esteja em paz".
Morte de Reginaldo Veloso
Reginaldo estava internado há mais de um mês na Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital da capital pernambucana. O padre fazia tratamento de um câncer na bexiga, mas não resistiu. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do religioso.
O padre fazia tratamento de um câncer na bexiga, mas não resistiu. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do religioso.
Reginaldo Veloso era conhecido pela luta pelos mais pobres, e recentemente recebeu o título de cidadão pernambucano da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ele era natural de São José da Lage, em Alagoas.
"Oficialmente não era mais padre, porque casou, mas ele continuava se considerando padre e por muitos assim era considerado. Uma tristeza", lamentou seu colega de militância, o jornalista Marcelo Mário de Melo, ao Blog de Jamildo. Reginaldo Veloso deixa a companheira e um filho.