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Chuvas: Danilo Cabral acusa Bolsonaro de usar "tragédia como palanque"

Pré-candidato a governador pelo PSB, Danilo Cabral diz que ajuda do governo federal "é bem vinda", mas se trata de uma "obrigação de qualquer chefe de estado"

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Mirella Araújo

Publicado em 30/05/2022 às 15:22 | Atualizado em 30/05/2022 às 15:33
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Ao contrário do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que deixou claro que não iria responder às críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o pré-candidato ao Governo do Estado, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), acusou o presidente de usar a tragédia provocada pelas fortes chuvas na Região Metropolitana, Agreste e Zonas da Mata Norte e Sul , como estratégia eleitoreira. 

Cabral diz que estranhou "a mudança de comportamento" do presidente, que sobrevoou por algumas áreas afetadas pelos deslizamentos e alagamentos nesta segunda-feira (30), e que a agenda em Recife se tratou de um "ato político"

“A ajuda do governo federal é sempre bem-vinda, é uma obrigação de qualquer chefe de estado, mas tentar tirar proveito político-eleitoral em cima de uma catástrofe deixa bem claro quais são suas reais intenções”, acusou o parlamentar socialista. O governo federal anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para ações de socorro e reconstrução de casas no Estado.

Ainda segundo o pré-candidato a governador, essa não seria a hora politizar o debate ou de fazer palanque em relação à assistência à população.  Diante da tragédia onde já foram confirmados 91 óbitos, desde a última quarta-feira (25) até as 8h desta segunda-feira (30), as ações anunciadas entre o Governo do Estado e a União estão sendo feitas de forma paralela. 

UNIDADE

Além de criticar a forma como o presidente Jair Bolsonaro veio ao Estado, Danilo Cabral também afirmou que a visita dos ministros neste domingo (29), poderia ter representado um momento de unidade no país. "O Brasil real não é o que faz o presidente Bolsonaro, transformando a ajuda às vítimas em palanque eleitoral. O que Pernambuco espera, neste momento, é união, empatia, coisa que o presidente não demonstrou em todas as tragédias que o Brasil viveu sob a administração dele", criticou.

“Tantas tragédias aconteceram no Brasil ultimamente - em São Paulo, na Bahia e no Rio -, e o presidente apareceu bem longe do problema, passeando de lancha ou de motocicleta. Isso sem falar na falta de empatia dele diante das milhares de vítimas da Covid-19. Dá até para pensar que as pesquisas eleitorais estão diminuindo a insensibilidade que ele sempre demonstrou diante da perda de vidas humanas”, completou deputado federal do PSB. 

 

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