Eleições 2022

Saiba quem é Simone Tebet, primeira mulher a entrar na disputa pela Presidência da República em 2022

A pré-candidatura da parlamentar já tinha sido lançada em dezembro do ano passado, a novidade agora é a definição do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como vice-presidente na chapa, definida nesta quinta-feira (9)

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 09/06/2022 às 17:38 | Atualizado em 10/06/2022 às 0:30
JOEL VARGAS
A atuação na vida pública começou em 2002 - FOTO: JOEL VARGAS
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A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a primeira mulher a entrar na disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições 2022. A pré-candidatura da parlamentar já tinha sido lançada em dezembro do ano passado, a novidade agora é a definição do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como vice-presidente na chapa, definida nesta quinta-feira (9). O apoio da sigla tucana à emedebista representa um movimento histórico, já que pela primeira vez, desde 1989, o PSDB não lançará candidato próprio à Presidência.

Mas quem é Simone Tebet e como ela ganhou notoriedade nacional para disputar o cargo mais importante do País?

Nascida no município de Três Lagoas, em 1970, no Mato Grosso do Sul, Simone Nassar Tebet é filha do casal Fairte Nassar e Ramez Tebet. Desde criança conviveu com a política na sala de casa, acompanhando a carreira do pai professor universitário, prefeito da sua cidade natal, deputado, governador e senador pelo Mato Grosso do Sul.

Precocemente, aos 16 anos, foi aprovada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, uma das mais conceituadas do País. Depois de formada foi professora universitária de Direito Público e Administrativo por 12 anos em várias instituições. Também também atuou como consultora jurídica e foi diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.

SIMONE TEBET PIONEIRA COMO MULHER

A atuação na vida pública começou em 2002, quando aos 31 anos foi eleita deputada estadual pelo seu Estado. Logo depois, em 2004, foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, em 2008, foi reeleita com 76% dos votos válidos.

E essa foi apenas a primeira vez em que Simone foi pioneira como mulher de alguma coisa em sua história na política. Em 2014, com uma votação de 52% dos votos válidos, foi a primeira senadora eleita pelo MS na história do Brasil.

No Senado Federal, liderou a primeira bancada feminina da história e tornou-se presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. Foi também a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, considerada a mais importante do Congresso Nacional, e a primeira mulher a disputar a presidência do Senado em 198 anos.

Atualmente, é tricampeã do Congresso em Foco, uma espécie de Oscar da política brasileira, na categoria júri especializado, e em 2021 também faturou a categoria Melhores do Senado do prêmio, com destaque para sua atuação na CPI da Pandemia. Além disso, está há cinco anos na lista do DIAP, conhecida como Cabeças do Congresso, que reconhece a atuação dos 100 mais influentes parlamentares do País.

Resta saber se todo esse capital político será capaz de fazer eco na polarização entre Lula e Bolsonaro e provocar mudanças na intenção de voto dos eleitores.

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