Economia

Em artigo, Armando Monteiro aponta caminhos para a redução do desemprego em Pernambuco

Nas eleições de 2018, Armando foi o principal nome da oposição a disputar o Palácio do Campo das Princesas, mas o governador Paulo Câmara (PSB) venceu o pleito no primeiro turno

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Renata Monteiro

Publicado em 27/06/2022 às 13:01 | Atualizado em 27/06/2022 às 13:01
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Nome cotado para a disputa ao Senado Federal na chapa da pré-candidata a governadora Raquel Lyra (PSDB), o ex-senador e ex-ministro Armando Monteiro Neto (PSDB) divulgou um artigo nesta segunda-feira (27) no qual aponta quais os caminhos que acredita que o Estado precisa seguir para gerar mais empregos. Nas eleições de 2018, Armando foi o principal nome da oposição a disputar o Palácio do Campo das Princesas, mas o governador Paulo Câmara (PSB) venceu o pleito no primeiro turno.

O ex-senador inicia o texto destacando que Pernambuco "encerrou o 1º quadrimestre com saldo negativo de quase 7 mil vagas formais de emprego, segundo o Caged". Ele diz que, enquanto o Brasil e o Nordeste geraram milhares de vagas formais, o desemprego no Estado foi o segundo pior da região. Na visão do tucano, o resultado reflete "condições estruturais da economia pernambucana que merecem uma reflexão", pois teríamos, segundo ele, uma taxa de investimento público estadual baixa.

"Isso é resultante da incapacidade de gerar maiores excedentes com recursos próprios e de acessar novos recursos em função da classificação C no rating do Tesouro Nacional, até pouco tempo. Como resultante desse quadro, na infraestrutura apresentamos graves deficiências. Mais de 70% da malha rodoviária estadual possui algum tipo de problema com classificação regular, ruim ou péssima segundo a CNT. Obras estruturantes não saem do papel ou estão inconclusas, como o Arco Metropolitano, e a extensão da duplicação das BRs-232 e 104. Na infraestrutura hídrica, mais de 60 cidades e cerca de 2 milhões de habitantes anseiam a conclusão da Adutora do Agreste, inclusive impedindo que o polo de confecções possa gerar mais empregos", detalhou Armando.

O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff (PT) disse, ainda, ser "sintomático" que o maior volume de obras paralisadas ou inacabadas esteja associado às áreas de "Saneamento Básico, Mobilidade Urbana e Transportes". Para ele, isso resulta em menor produtividade da mão-de-obra, que perde mais tempo se deslocando e se ausenta mais do trabalho por problemas de saúde.

"No ambiente tributário, a política do ICMS penaliza as micro e pequenas empresas, justamente as que geram mais empregos. Não é por acaso que no ranking nacional de ambiente de negócios do Banco Mundial Pernambuco ocupa a última posição. A combinação de baixo investimento público e um ambiente de negócios desfavorável afasta investimentos privados e prejudica setores muito intensivos em mão-de-obra", disparou.

Armando Monteiro fecha o artigo dizendo que caso não sejam aplicadas mudanças estruturais na área da geração de empregos, o quadro não será revertido. "a superação destes desafios nos indica a necessidade de ampliarmos os programas de qualificação e requalificação da mão-de- -obra. Somente na indústria são 250 mil trabalhadores até 2025, segundo a CNI. Assim Pernambuco poderá não apenas relançar a economia, mas oferecer à população novos e melhores postos de trabalho", conclui o ex-senador.

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