Ala ideológica do Governo Bolsonaro quer demissão do presidente da Caixa após denúncias de assédio
O MPF abriu investigação para apurar denúncias de assédio de presidente da Caixa
Após denúncias de assédio sexual por funcionárias, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, deve pedir demissão da presidência do banco, de acordo com reportagem do Blog de Andréia Sadi, no G1.
A pressão pela saída se dá na ala ideológica do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda de acordo com a reportagem, aliados do centrão defendem que demissão parta do próprio Bolsonaro.
O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual contra Pedro Guimarães. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão.
Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles nesta terça-feira, 28. Segundo um dos relatos, uma funcionária diz que o presidente do banco teria passado a mão em suas nádegas.
Procurado pelo Estadão, o Ministério Público Federal afirmou que não fornece informações sobre procedimentos sigilosos. A Caixa não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
Caixa
Em nota ao Metrópoles, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.
"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'", informou, em nota ao site.
Uma das funcionárias concedeu entrevista, sob anonimato, à Folha de S. Paulo e contou que em um momento a sós com Pedro Guimarães ele teria perguntado se ela ''estava com ele''. Ela entendeu que a pergunta era em relação ao governo e respondeu que sim.
''Aí quando fui sair, ele me puxou pelo pescoço e disse: ‘Estou com muita vontade de você’. Saí da sala, em choque e chorando", afirmou ela na entrevista à Folha de S. Paulo.