ELEIÇÕES 2022

Candidata ao Governo de Pernambuco, Cláudia Ribeiro critica união da esquerda com PSB

Entrevistada na série de sabatinas da Rádio Jornal com os candidatos ao Governo de Pernambuco, Cláudia Ribeiro se apresentou como uma opção mais à esquerda que representantes tradicionais do setor

Augusto Tenório
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Publicado em 10/08/2022 às 13:39
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Claudia Ribeiro - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Quinta entrevistada na série de sabatinas da Rádio Jornal com os candidatos ao Governo de Pernambuco, Cláudia Ribeiro se apresentou como uma opção mais à esquerda que representantes tradicionais do setor, criticando Lula e a aliança do PT com o PSB, por exemplo.

Cláudia, ainda no início da entrevista, classificou as eleições brasileiras como não verdadeira democráticas com relação ao PSTU. Afirma que o partido, apesar de trinta anos de existência, não possui espaço ou tempo para chamadas nos veículos de comunicação.

A candidata ao Governo afirmou que a missão do PSTU nestas eleições é apresentar uma alternativa para a classe trabalhadora, disputando a consciência dos trabalhadores para organizá-los diante da situação de fome e desemprego que assola o Brasil e, consequentemente, Pernambuco.

"A situação é calamitosa para os trabalhadores, não é assim para os banqueiros, que tiveram lucro de R$ 132 bilhões em 2021. É preciso mudar essa lógica. Entendemos não é através da eleição que mudaremos nossa vida, mas participamos porque é um espaço para apresentar uma alternativa", disse Cláudia Ribeiro.

Para além da mensagem nacional, a candidata destacou o cenário de Pernambuco, apontando a situação da fome no estado e do déficit habitacional. De acordo com a Campanha Despejo Zero, duas mil famílias foram despejadas no estado durante a pandemia de covid-19.

"Não é normal pessoas não terem o que comer enquanto Pernambuco é administrado há 16 anos pelo PSB, junto com o PCdoB e com o PT, que imputam essa mazela, essa chaga, à nossa população. Nosso destino não é esse", reclama.

PSTU critica Lula e Geraldo Alckmin

Durante a entrevista, Cláudia Ribeiro convocou os ouvintes a participar dos atos pela democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse sentido, a candidata foi questionada se esse posicionamento a coloca, necessariamente, a favor de Lula (PT).

"Bolsonaro é um genocida, deveria ser preso. Tampouco achamos Lula uma alternativa para nossa classe, não podemos (...) se aliar ao representante do setor que se beneficiou com o Governo Bolsonaro, que é o Alckmin. Ele é conhecido por gostar de bater em professor e é chamado de 'ladrão de merenda'", recorda.

Ela diz que, nesse panorama, não enxerga como será possível traçar uma política de moradia, por exemplo, tendo Geraldo Alckmin na vice. Nesse sentido, acredita que a classe trabalhadora tem pouco ou nada a ganhar com a chapa do PT.

Defesa do socialismo

Ainda na entrevista, Cláudia Ribeiro considerou ser impossível patrões e empregados "andarem de mãos dadas". Afirma que essa política não deu certo nos mandatos de Lula e Dilma Rousseff, período no qual interpreta que houve uma "conciliação de classe".

Nesse sentido, afirmou que o capitalismo faliu e defendeu que a classe trabalhadora administre, através de conselhos populares, as empresas.

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