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PF cumpre busca e apreensão contra empresários que defendem golpe; veja os alvos

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira mandados de busca e apreensão contra empresários defensores de um golpe de estado

Augusto Tenório
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Augusto Tenório
Publicado em 23/08/2022 às 8:56 | Atualizado em 23/08/2022 às 14:19
ANDERSON RIEDEL/PR
O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan - FOTO: ANDERSON RIEDEL/PR
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A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira mandados de busca e apreensão contra empresários defensores de um golpe de estado. Como revelou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, donos de grandes empresas, no WhatsApp, defendem a ruptura democrática caso Lula (PT) seja eleito.

Os mandados de busca e apreensão, assim como a autorização para que a Polícia Federal escute os empresários bolsonaristas, foram assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Além disso, determinou-se quebra de sigilo bancáriobloqueio das contas bancárias dos empresários e dos seus perfis nas redes sociais.

Entre os alvos estão da operação, estão:

  • Luciano Hang, da Havan
  • José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan
  • Ivan Wrobel, da Construtora W3
  • José Koury, do Barra World Shopping
  • André Tissot, do Grupo Serra
  • Meyer Nigri, da Tecnisa
  • Marco Aurélio Raimundo, conhecido como Morongo, da Mormaii
  • Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu

Os mandados foram cumpridos em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Empresários se defendem

O advogado Daniel Maia, que defende o empresário Afrânio Barreira Filho, disse que "trata-se de uma operação fundada em denúncias absolutamente falsas, que visam perseguir pessoalmente o empresário Afrânio Barreira e outros no País. É importante destacar que a operação não é contra as empresas, é uma operação contra a pessoa física dele. O Afrânio está absolutamente tranquilo, colaborando e com o objetivo principal de esclarecer os fatos para que a investigação seja certamente arquivada".

Luciano Hang, dono da Havan e figura próxima ao Governo Bolsonaro, também se manifestou. "Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros", disse.

O dono da Havan afirmou fazer parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas. "Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF", completa.

Quando as mensagens vieram a público, José Isaac Peres disse que "sempre teve compromisso com a democracia, com a liberdade e com o desenvolvimento do País." Marco Aurélio Raymundo, por sua vez, disse que aguardaria a publicação da série de reportagens sobre o grupo para se pronunciar.

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