Em conversa com Geraldo Freire na Rádio Jornal, o cientista político Antônio Lavareda analisou os recentes resultados de diferentes pesquisas eleitorais sobre a disputa nacional. O sociólogo também falou sobre a corrida pelo Governo de Pernambuco, esmiuçada no Agregador de Pesquisas JC/Oddspointer.
Lavareda analisa que o movimento de Lula (PT) e Bolsonaro (PL) para o primeiro turno é de leve declínio no Nordeste, em contraste com oscilação positiva da chamada terceira via. No segundo turno, ele destaca o avanço do petista diante de um declínio do atual presidente da República.
"É curioso. Esse dado corresponderia ser traduzido, num placar de votos válidos no segundo turno, muito próximo ao ocorrido no segundo turno com Bolsonaro e Fernando Haddad (PT). Parece um resultado razoavelmente consolidado", comentou Lavareda.
O cientista político, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas (Ipespe), também apontou a ofensiva do PT pelo voto útil já no primeiro turno. Lavareda prega cautela ao incentivar o voto estratégico de maneira abrupta.
"Esse quantitativo é pequeno, não vale a pena cultivá-lo explicitamente, porque provoca reações de adversários como Ciro Gomes, enfurecido com essa história, podendo danificar eventuais relações no segundo turno", pontua.
Disputa pelo Governo de Pernambuco
O cientista político considera que não houve movimentação significativa entre as duas semanas, destacando flutuações de Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) e avanços modestos de Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (UB) e Danilo Cabral (PSB).
"São pequenos movimentos, que continuam trazendo a eleição de Pernambuco com essa singularidade. (...) O único estado com competição pentagonal, com cinco candidatos efetivamente disputando a passagem para o segundo turno", comentou Lavareda.
O cientista político destaca que essa composição é única no Brasil. Em estados como Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, destaca Lavareda, a disputa é acirrada, mas entre quatro nomes, diferente de Pernambuco, onde cinco candidaturas são competitivas.
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